
Recuperação no mercado de smartphones impulsiona resultados da Qualcomm
A Qualcomm, maior fornecedora de processadores para smartphones no mundo, apresentou uma previsão otimista de vendas para o próximo período, indicando sinais de retomada no mercado de dispositivos móveis, principalmente na China. A empresa também autorizou um novo programa de recompra de ações no valor de $15 bilhões (R$ 85,2 bilhões), demonstrando crédito em suas perspectivas de longo prazo e no fortalecimento do setor de smartphones.
Mercado chinês impulsiona vendas
Para o trimestre que se encerra em dezembro, a Qualcomm projeta uma receita entre $10,5 bilhões (R$ 59,64 bilhões) e $11,3 bilhões (R$ 64,38 bilhões), de conciliação com a Bloomberg. Esse número supera a estimativa média de analistas de $10,5 bilhões (R$ 59,64 bilhões). O lucro, descontados alguns itens, pode chegar a $3,05 (R$ 17,34) por ação, também supra das projeções de Wall Street.
Um dos principais fatores para a recuperação das vendas da Qualcomm é o fortalecimento do mercado chinês, onde a empresa possui uma vantagem significativa, principalmente nos smartphones de superior desempenho. Durante o último ano fiscal, que terminou em 29 de setembro, a Qualcomm registrou um aumento de 40% nas vendas de smartphones baseados em Android na China. Esse desenvolvimento reforça a posição da empresa em um mercado estratégico e é visto porquê um sinal de retomada da demanda no setor de dispositivos móveis.
Resultados do trimestre
No quarto trimestre fiscal, a Qualcomm reportou um lucro de $2,69 (R$ 15,27) por ação, excluindo alguns itens. A receita subiu 19%, alcançando $10,2 bilhões (R$ 57,94 bilhões), superando as expectativas de analistas, que projetavam um lucro de $2,56 (R$ 14,55) por ação e receita de $9,91 bilhões (R$ 56,28 bilhões).
O segmento de vendas relacionadas a smartphones teve um aumento de 12%, totalizando $6,1 bilhões (R$ 34,65 bilhões), superando ligeiramente a média de projeções de analistas de $6 bilhões (R$ 34,08 bilhões). A receita de chips utilizados em veículos também cresceu expressivamente, com um salto de 68% e atingindo $899 milhões (R$ 5,11 bilhões). As vendas de chips para dispositivos conectados somaram $1,68 bilhão (R$ 9,55 bilhões), supra da estimativa de $1,55 bilhão (R$ 8,8 bilhões).
Apesar de ampliar sua presença em outros mercados, porquê o setor automotivo e computacional, a Qualcomm ainda obtém mais de 60% de sua receita de chips relacionados a smartphones, tornando seu desempenho financeiro um importante indicador para a indústria de dispositivos móveis. Recentemente, a Qualcomm aprovou um programa de recompra de ações no valor de $15 bilhões (R$ 85,2 bilhões), substituindo o programa anterior de $10 bilhões (R$ 56,8 bilhões) de outubro de 2021.
O CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, continua focado na expansão da empresa em novas áreas, mas reconhece que a presença no mercado de smartphones permanece principal. Uma das maiores fontes de receita da Qualcomm, além da venda de chips, é a licença da tecnologia base para as redes móveis modernas, cobrando taxas de fabricantes de celulares, independentemente de utilizarem seus chips.
Analistas acreditam que, apesar do impacto potencial das mudanças no cenário regulatório, principalmente com a provável perda de receita da Apple, que procura substituir os chips da Qualcomm, a empresa se mantém muito posicionada para aproveitar o desenvolvimento na demanda por smartphones, principalmente em mercados porquê o chinês.