O que é melhor: um jogo da NFL ou uma partida do Corinthians? Corinthianos respondem

Receber um jogo da National Football League (NFL) no Brasil foi a realização de um sonho para os 41 milhões de fãs de futebol americano no país. A partida, que terminou com vitória para os Eagles por 34 a 29 sobre os Packers, levou mais de 47 milénio pessoas ao estádio do Corinthians, em Itaquera, na noite da última sexta-feira, 6. Ninguém ficou mais feliz, no entanto, do que o corinthiano que gosta do esporte da esfera oval.

André Udlis, sócio-torcedor do Corinthians e fã do Tampa Bay Buccaneers, ficou orgulhoso que a NFL escolheu e promoveu a NeoQuímica Redondel para o mundo – e o estádio fez bonito. “O que a NFL entregou cá, eu nunca vi igual. O Corinthians nunca fez zero igual” disse ele, que frequenta a redondel do clube semanalmente, à EXAME. “Pelo que o organizador do evento fez, foi disparado a melhor experiência que eu já tive cá.”

André explicou que sentiu a vigor desde a saída da estação de metrô mais próxima da NeoQuímica Redondel, a Corinthians-Itaquera, da Risca 3-Vermelha. Todo mundo vestiu sua melhor roupa, a camisa do seu time do coração, e realizou um sonho em conjunto de ver um jogo da NFL no Brasil pela primeira vez. Ninguém conseguia sustar os ânimos.

“Jogo do Corinthians é menos emocionante, um pouco menos na pele, porque quase todo mundo já foi presenciar pelo menos uma vez,” conta. “No metrô, foi todo mundo conversando, especulando porquê seria em um clima totalmente amigável.”

União das torcidas

Para quem era neutro, o espetáculo foi perfeito, as torcidas realmente estavam unidas. Isso, simples, não acontece em jogos do Corinthians – nem de qualquer outro clube ou estádio do Brasil. “Todo mundo comemorava todos os touchdowns. Estava todo mundo lá, tranquilo,” falou. “Eu nunca pensei que veria isso no Brasil: torcedores de vários times convivendo pacificamente.”

Outro ponto que chamou a atenção do público foi a simulação das famosas festas de “tailgate” da NFL. Nos Estados Unidos, tradicionalmente, os torcedores chegam cedo ao estádio, montam churrasqueiras e ficam comendo e bebendo no estacionamento antes do jogo encetar. No Brasil, a Liga providenciou food trucks, ativações, lojas e uma experiência de livre circulação no estádio, um pouco que também não acontece no futebol brasiliano. Isso fez com que os torcedores chegassem até quatro horas antes do jogo encetar, em verificação com os tradicionais 15 ou 30 minutos em partidas do Brasileirão, por exemplo.

Torcedores dos Packers em sua tradicional sarau de tailgate pré-jogo (NFL/Revista)

O que o torcedor prefere no estádio do Corinthians: NFL ou jogo do Timão?

André não está sozinho em sua opinião. Allan Souza, também corinthiano, jogador de futebol americano no Brasil (FABR) e ex-atleta do Corinthians Steamrollers, não deu chances para o futebol da esfera redonda. “Eu vim sendo corinthiano e jogando por seis anos no Corinthians do futebol americano. Ver o esporte acontecendo cá é surreal,” conta Apolo, porquê gosta de ser chamado.

Parece que jogar FABR é um ponto fraco para o leal torcedor que estava na Redondel. Guilherme Falcomer foi vencedor brasiliano de futebol americano em 2013 pelo Jaraguá Breakers, de Santa Catarina. Ele não conseguiu escolher qual paixão era maior, logo, ficou em cima do muro.“O coração fala mais cumeeira pelo futebol americano, mas a vibe de ver jogo do Corinthians cá também é muito permitido,” confessou.

Por outro lado, teve quem não deu nem chances para a NFL. Breno, torcedor do Timão e morador de São Paulo, de 20 anos, entrou no estádio com uma camisa do Corinthians escondida por por baixo de um casaco preto. Achou a experiência do futebol americano “ótima”, mas, para ele, não há verificação. “Cá é Corinthians supra de tudo, dane-se a NFL,” brincou.

Para Natália, que já assistiu vários jogos na Redondel do Corinthians, nem a vitória dos Eagles, seu time de futebol americano, foi o suficiente. “Viver isso cá foi muito permitido, mas ver um jogo do Corinthians é impagável.”

Carolina Souza, torcedora do New England Patriots, concorda. A maior diferença para ela foi a vigor da torcida no pré-jogo. “Se isso cá fosse jogo do Corinhians, já estaria fervendo,” comentou à EXAME, pouco depois de trovar, sozinha, músicas do Corinthians junto à Bateria Ritimão, que fez várias apresentações ao longo da partida.

Matheus Frederico, o Fred, ficou indeciso e não falou qual experiência era a melhor. Mas, sobre a melhor torcida, ele não deixou dúvidas. “Se colocar a Gaviões cá por um minuto, os Eagles entenderiam por que o jogo deles está sendo cá. Tinha que ser cá.”

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