À beira da recessão? Entenda a crise econômica que atinge os EUA

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Entenda crise econômica que atinge os Estados Unidos

Nos últimos dias, os mercados de ações globais têm despencado
, em meio a uma reviravolta repentina causada pelos temores de que a economia dos Estados Unidos, atualmente a maior do mundo, esteja desacelerando.

Especialistas ouvidos pela BBC atribuem isso principalmente aos dados de empregos dos Estados Unidos para julho, divulgados na última sexta-feira (2), que foram muito piores do que o esperado.

O que aconteceu?

Os empregadores dos Estados Unidos criaram 114.000 empregos em julho, muito inferior das expectativas de 175.000 novas vagas de trabalho.

Isso ocorre enquanto a taxa de desemprego subiu para 4,3%, apresentando uma subida em quase três anos, o que desencadeou a chamada “regra Sahm”.

A regra, que recebe o nome em homenagem à economista estadunidense Claudia Sahm, estabelece que se a taxa média de desemprego em três meses for meio ponto percentual maior do que o menor nível nos últimos 12 meses, o país está no início de uma recessão.

Com o aumento da taxa de desemprego dos EUA e a média de três meses em 4,1%, comparando com o menor nível do ano pretérito, que foi de 3,5%, isso indica uma provável desaceleração econômica, ou recessão.

Outro fator de preocupação foi a decisão do Federalista Reserve (Fed) dos Estados Unidos de não trinchar as taxas de juros.

Bancos centrais em economias desenvolvidas, porquê o da Inglaterra e o Médio Europeu, registraram cortes recentes nas taxas de juros. O Fed manteve os custos para empréstimos, embora Jerome Powell, seu presidente, tenha sinalizado que há possibilidade de um galanteio em setembro.

Um galanteio nas taxas de juros torna os empréstimos mais baratos, o que poderia, por sua vez, facilitar a economia. Há receio de que a medida do Fed, caso aconteça em setembro, seja tarde demais.

Aliás, há o cenário das empresas de tecnologia, que registrava uma subida de longa duração, principalmente devido a tecnologias de lucidez sintético (IA).

Na última semana, no entanto, a Intel anunciou um galanteio de 15 milénio empregos, e a Nvidia, sua rival no mercado de chips, anunciou que poderá atrasar o lançamento de seu novo chip de IA. Isso fez com que o Nasdaq, o índice americano de tecnologia, registrasse uma queda acentuada, caindo 10% na sexta-feira (3).

Neil Shearing, economista-chefe do grupo na Capital Economics, entrevistado pela BBC, sugeriu que poderá possuir mediação do Fed caso ocorra “um deslocamento de mercado que se aprofunde e comece a ameaçar instituições sistemicamente importantes e/ou a segurança financeira mais ampla”.

Claudia Sahm, a própria criadora da regra, também se pronunciou, dizendo: “Não estamos em recessão agora”, em entrevista à CNBC, na última segunda-feira (5). Ela disse que “o vetor aponta nessa direção”. Mas acrescentou: “Uma recessão não é inevitável e há espaço sumoso para reduzir as taxas de juros”.

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