
Assassino conta que mudou local de morte de Marielle e explica motivo
Ronnie Lessa fez delação premiada
O ex-policial Ronnie Lessa deu detalhes sobre a emboscada planejada para matar Marielle Franco (PSOL-RJ), durante seu testemunho na delação premiada. O sigilo da delação foi parcialmente retirado nesta sexta-feira (7) por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista.
Lessa explicou que a escolha do lugar para o ataque precisou ser meticulosamente planejada, pois o endereço em que a vereadora estava, Vivenda das Pretas, era altamente vigiado.
“O endereço dela era um lugar muito difícil. Com policiamento e sem estacionamento. Tentativas sem sucesso levaram que a gente procurasse outros meios”, relatou.
Segundo ele, já havia informações detalhadas sobre o endereço de Marielle, mas a presença policial e a dificuldade de chegada tornaram as tentativas anteriores malsucedidas. “Ali é uma superfície de difícil chegada, não tem onde parar, tem policiais andando na passeio, ali é um lugar difícil de monitorar”, completou.
A vereadora foi alvejada em seguida trespassar de um evento na Vivenda das Pretas, na Lapa, no Rio de Janeiro. Lessa também mencionou que, no dia do delito, um varão chamado Macalé, envolvido nos preparativos, informou que não era mais verosímil protelar o homicídio e indicou o lugar onde a vereadora estaria.
Foi nesse momento que Élcio Queiroz, também envolvido no delito, foi chamado para participar da ação. “Dia 14, no dia do delito, eu recebi a relação do Macalé.
‘Tenho uma novidade, rostro. É hoje, e eu não estou aí’. Eu falei: ‘Tudo muito, vou acionar aquele colega lá [Élcio] que estava aguardando o contato para estancar’. ‘Tem que ser hoje, tem que ser hoje. Porque está ficando estranho, era pra ter sucedido’, revelou.
O delito contra Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes ocorreu em março de 2018. Lessa foi recluso em 2019, confessou o delito e firmou um consonância de delação premiada em 2023, com a homologação feita por Moraes.
Com a delação, Ronnie pode ter uma subtracção de pena e foi autorizado a ser transferido para o presídio de Tremembé, em São Paulo, saindo da penitenciária de Campo Grande.
Na delação, Lessa também apontou os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão uma vez que mandantes do delito e mencionou que o ex-chefe da Polícia Social do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, recebeu propina para atrapalhar as investigações.
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