O desafio ESG da eleição de Trump: negacionismo ou um recomeço?

A vitória do candidato Donald Trump às eleições presidenciais nos Estados Unidos, posteriormente ocupar os 270 votos eleitorais necessários, tem movimentado discussões entre especialistas em meio envolvente, heterogeneidade e inclusão.

Depois de um primeiro procuração polêmico — marcado por reviravoltas no histórico ambiental do governo anterior, de Barack Obama –, o setor explora porquê o segundo procuração do republicano vai definir a atuação ESG dos Estados Unidos.

Entre as promessas de Trump, focadas na melhoria econômica e na subtracção da inflação, está a redução no preço de robustez e eletricidade pela metade a partir do uso de combustíveis fósseis. Um estudo da consultoria ambiental Carbon Brief analisa que a vitória de Donald Trump e o seu incentivo a economia tradicional poderiam acarretar um aumento de 4 bilhões de toneladas de emissões de CO2 nos EUA até 2030.

O que especialistas em ESG esperam do segundo procuração de Trump:

Kamila Camilo, fundadora do Instituto Oyá e conselheira do instituto Igarapé e Talanoa, conta que a expectativa é o fortalecimento de indústrias intensivas em carbono a partir do suporte do presidente eleito às companhias óleo, gás e petrolíferas, apesar da subida de energias renováveis durante seu último procuração.

A crença de que o novo governo adote majoritariamente práticas sustentáveis é baixa, mas, segundo Camilo, depende principalmente de outro fator: o verba. “O Trump é muito orientado pelo mercado e pelo lucro. Se conseguirmos fechar a conta da sustentabilidade e do ESG, ele vai pender para onde é mais lucrativo”, disse.

No setor corporativo, Camilo vê uma possibilidade de retrocesso na atuação criada pelas empresas nos últimos anos, porquê as práticas ESG atreladas aos resultados financeiros. “Algumas dessas decisões, entendo que são irreversíveis. Outras podem ser atrasadas, desaceleradas ou perder investimentos”, conta.

Direitos humanos em taxa

Para a profissional, o movimento negacionista que tomou conta do Senado americano tem grandes chances de se reverberar ao Congresso também. Isso pode dificultar avanços para os direitos humanos, porquê os direitos reprodutivos. “Isso reverbera para outras culturas, que seguem as tendências estadunidenses”, explica.

Maurício Pestana, jornalista especializado em heterogeneidade e fundador da Revista Raça, acredita que o cenário de inclusão de mulheres, pessoas negras e a população LGBTQIAP+ pode suportar um retrocesso, fundamentado no primeiro procuração do presidente eleito.

No entanto, a base de votos diversos de Trump pode mudar a atuação do partido republicano em procura de maior representatividade. “Grande segmento do eleitorado que poderia suportar por políticas de repressão votou pelo Trump. Por isso, o Partido Republicano pode se comprometer em reconhecer esse eleitorado”, explica.

Apesar da campanha do presidente eleito ainda descrever com políticas anti-imigração, a presença e o eleitorado latinos podem influenciar nas decisões do presidente.

Para Yuri Rigai Oceânico, diretor da ECCON Soluções Ambiental e legista especializado em recta ambiental, no pequeno prazo, é provável que alguns setores da economia sejam aquecidos pela política trumpista, com benefícios mormente para empresas americanas.

“As promessas de reduzir tributação de empresas, não aumentar salários, reduzir taxas de empréstimos, aumentar taxação de importações da China e trinchar gastos do governo pode aquecer o mercado”, explica.

Já no longo prazo, áreas econômicas podem ser prejudicadas tanto pelos efeitos do clima quanto pelo impacto de sua reputação ambiental, já que, para o profissional, soluções climáticas devem ser desaceleradas. “O agronegócio, provavelmente, será um dos mais impactados, já que depende de uma regularidade no clima”, disse.

Relembre a trajetória ambiental de Trump:

Em 2019, a pedido de Trump, os Estados Unidos anunciaram a saída do Conciliação de Paris, principal tratado internacional sobre o enfrentamento às mudanças climáticas. Assinado em 2015, o convenção oficializado por 195 países buscou estabelecer o comprometimento das nações com a redução das emissões de carbono até 2050.

Na era, o presidente afirmou que os termos do Conciliação de Paris eram “injustos” para a economia americana, uma das maiores responsáveis por emissões no mundo. A saída foi oficializada em novembro de 2020, mas a decisão foi revertida em janeiro de 2021, quando Joe Biden assumiu a presidência.

Anteriormente, em 2017, Donald Trump assinou uma ordem executiva que anulava a Lei Vernáculo de Política Ambiental, uma política americana que exige a aprovação de agentes federais antes da implementação de projetos que podem gerar impactos climáticos, porquê a instalação de rodovias e óleodutos.

A justificativa foi que a lei atrasava o desenvolvimento de setores importantes para economia americana, porquê a mineração e engenharia urbana.

A chamada Lei das Espécies Ameaçadas, que garantia o status de proteção para espécies em risco de extinção, também foi impactada durante a gestão. Os efeitos das mudanças climáticas também deixaram de ser considerados na avaliação da biodiversidade. Animais porquê os lobos-cinzentos e os carcajus, que viviam uma redução significativa na sua população, deixaram de ser incluídos na lista de espécies ameaçadas.

Na superfície social, um dos principais marcos do governo Trump foi a construção do muro entre os Estados Unidos e o México. O objetivo foi limitar a ingresso de imigrantes ilegais no país a partir da fronteira. Entre as barricadas de metal, cercas, estacas de concreto e aço, foram construídos ou reformados mais de 700 quilômetros de obras – murado de 22% dos 3.142 quilômetros de extensão dividida entre EUA e México.

O governo Biden seguiu com a instalação de mais 32 quilômetros, uma vez que a verba para a instalação já havia sido aprovada pelo Congresso Americano. Por lei, a gestão Biden precisava usar o verba para a construção.

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