Ribeira Sacra: a região espanhola onde nascem os vinhos heroicos

Em uma recente viagem pela Galícia, tive o privilégio de saber a região da Ribeira Sacra, um lugar que impressiona pela sua formosura oriundo e pela dedicação dos viticultores locais. As colinas íngremes, com inclinações de até 87 graus, são um repto regular para os produtores. A região é conhecida pela prática da chamada “viticultura heroica”, um termo muito oportuno para descrever o esforço de cultivar vinhas em terrenos tão acidentados, à orla de desfiladeiros sobre o rio Sil.

As variedades de uvas predominantes revelam o caráter único da Ribeira Sacra. A Mencía, Garnacha Tintoreira, Merenzao, Godello e Doña Blanca são as protagonistas dos vinhedos. Cada uma delas traz consigo a autenticidade da Ribeira Sacra, resultando em vinhos frescos e de subida acidez, características que os diferenciam das regiões clássicas da Espanha.

O que mais me impressionou nessa jornada foi o compromisso dos viticultores com a natureza. Famílias trabalham com um reverência profundo pela terreno e pelo meio envolvente, sempre com um pensamento de longo prazo, planejando deixar um legado sustentável para as gerações futuras. Um trabalho que transcende a simples produção de vinho — é uma missão que preserva a cultura e o envolvente dessa região histórica.

Abadía da Cova

Um dos produtores que visitei, Abadía da Cova, é um exemplo simples desse reverência pela natureza. Fundada por uma família com longa tradição vitivinícola, a frasqueira se destaca por seus vinhos feitos com práticas sustentáveis. Localizada nas margens do rio Miño, seus vinhedos são cuidados com métodos orgânicos, respeitando o estabilidade e prezando pela totalidade maturação das uvas. Seus vinhos, principalmente os tintos de Mencía, expressam toda a dificuldade e frescor que a Ribeira Sacra tem a oferecer. 

Pazo la Cuesta

Outra visitante marcante foi ao Pazo la Cuesta, mais uma vinícola familiar. É uma das mais antigas de toda a Espanha que, sem transfixar mão das tradições regionais, traz um olhar moderno para a produção. Seus vinhos Godello e Brancellao são um retrato fidedigno das variedades típicas da Ribeira Sacra, com muita mineralidade e estabilidade. O desvelo com as vinhas e o compromisso em preservar as características naturais dos solos e do microclima fazem da Pazo la Cuesta um nome que merece ser escoltado de perto. A moradia da família é praticamente um museu,  com diversas obras de arte e documentos dos séculos passados.

Apesar de toda essa riqueza, a Ribeira Sacra enfrenta desafios. A mão de obra escassa é uma questão sátira, principalmente devido às condições difíceis de cultivo nas encostas. Os produtores dependem de trabalhadores dedicados e capacitados, o que torna o processo ainda mais provocador e custoso. Outrossim, a região, apesar de sua história, belos vinhos e ainda mais potencial, ainda é pouco conhecida fora da Espanha. No entanto, esse vestimenta também contribui para uma vantagem: os vinhos da Ribeira Sacra têm uma magnífico relação custo-benefício, sendo uma invenção imperdível para os amantes de vinhos autênticos e únicos.

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