
Brasil e Azerbaijão alinham estratégias para destravar financiamento climático na COP29
A agenda da COP29, conferência do clima da ONU que acontece em Baku, capital do Azerbaijão, em novembro deste ano, estará centrada na procura por facilitar o entrada a financiamento climatológico. No evento O Brasil na COP, realizado pela Câmara Americana de Transacção para o Brasil (Amcham), nesta sexta-feira, 6, em São Paulo, embaixadores dos dois países elencaram as prioridades para o evento.
Rashd Novruz, legado do Azerbaijão no Brasil, destacou a influência de manter e fortalecer os investimentos na transição energética, principalmente pelo papel medial do país porquê produtor de petróleo. O foco será prometer o entrada ao financiamento e a implementação de projetos que assegurem uma transição justa. “Não é uma período out, é transição”, reforçou Novruz, reiterando a premência de proteger investimentos energéticos e confirmar a perenidade dos acordos de Dubai.
Na COP28, realizada em Dubai em 2023, um dos principais acordos foi o compromisso de reduzir gradualmente o uso de combustíveis fósseis, sinalizando a premência de uma transição global para energias renováveis com o objetivo de inferir emissões líquidas zero até 2050. O texto final também prevê a triplicação da capacidade de geração de energias renováveis até 2030 e o aumento da eficiência energética global. Aliás, houve avanços em relação ao fundo de adaptação climática, que procura transferir recursos financeiros dos países ricos para os países em desenvolvimento, uma promessa que já vinha sendo discutida há quase uma dez.
Brasil e Azerbaijão juntos na COP29
Outro ponto de destaque foi a geração de compromissos mais fortes para sustar o desmatamento e abordar as contribuições da lavradio para as mudanças climáticas, refletindo a influência desses setores na mitigação dos efeitos climáticos.
Luiz Alberto Figueiredo Machado, legado inimaginável para a Mudança do Clima do Brasil, ressaltou a urgência em definir um New Collective Quantified Goal, uma meta de financiamento climatológico que deve superar os 100 bilhões de dólares, valor que os países desenvolvidos se comprometeram a repassar aos países em desenvolvimento para aligeirar a transição econômica desde 2009 – o montante, no entanto, nunca foi repassado.
Para Machado, a COP29 será crucial para fabricar novos compromissos e facilitar o entrada aos fundos disponíveis. Segundo Figueiredo, a regulamentação do Cláusula 6 do Pacto de Paris, que trata do mercado de carbono, também será um dos temas centrais em Baku.
Expectativas e desafios para a Conferência do Clima
A COP (Conferência das Partes) é a principal conferência climática mundial, organizada pela ONU desde 1995. Seu objetivo é reunir quase 200 nações para calcular os esforços de mitigação das mudanças climáticas e definir novos compromissos globais. Entre os acordos históricos resultantes das COPs, destacam-se o Pacto de Paris, que visa limitar o aquecimento global a 1,5ºC, e a geração do mercado global de carbono, que visa comercializar créditos de emissões de CO2 entre os países.
Além de suas prioridades individuais, Brasil e Azerbaijão expressaram interesse em trabalhar juntos na COP29 para inferir objetivos comuns. Os dois países planejam fortalecer suas parcerias e prometer que as metas climáticas sejam implementadas de forma eficiente. Novruz sugeriu que a relação “B2B – Baku to Belém” simboliza essa colaboração, reforçando o compromisso reciprocamente com a transição energética e a geração de um porvir mais sustentável.
Thais Ferraz, diretora do Instituto Clima e Sociedade, afirmou que a “grande expectativa para a COP29” é a meta de financiamento climatológico. No entanto, ela destacou que ainda há um grande espaço para avanços, principalmente em relação ao dispêndio das externalidades e à mensuração dos impactos negativos. Outro ponto crucial, segundo ela, é a revisão das NDCs, as metas de redução de emissões. “As metas são globais, mas a implementação é sítio. Por isso, é importante uma ampla representatividade da sociedade social”, ressaltou.