Sustentabilidade: estádios brasileiros se destacam por práticas em prol do meio ambiente
Nos últimos anos, a taxa sustentável ganhou ainda mais relevância no meio do futebol. Por conta disso, os clubes e as empresas proprietárias de estádios no Brasil estão valorizando ações que buscam a melhor utilização de recursos naturais, tanto na secção estrutural das arenas quanto na reciclagem de material nos dias de jogos. Somente na Série A do Campeonato Brasílico, muro de 80% dos estádios contam com qualquer projeto voltado para a sustentabilidade.
O Allianz Parque, por exemplo, vem se destacando internacionalmente por conta de medidas em prol do meio envolvente. Para estimar seu desempenho, foi feito um comparativo de 14 critérios entre os principais estádios globais, focando na gestão de resíduos, reutilização de chuva e ações climáticas. O espaço atendeu a 64% desses critérios, compartilhando essa porcentagem com nomes renomados porquê o Santiago Bernabéu, do Real Madrid, e o Allianz Stadium, da Juventus.
O diretor de operações da WTorre Entretenimento, grupo que construiu o estádio, Rafael Beraldo, destaca que a sustentabilidade é um dos principais focos do lugar. “Quando começamos a projetar o espaço em 2010, nosso objetivo era produzir uma das melhores arenas multiuso do mundo, voltada para os torcedores, amantes de shows e entretenimento, e também para o impacto positivo na comunidade. Assim, a questão social não poderia ser deixada de lado, finalmente, a preocupação com o meio envolvente sempre fez secção da nossa abordagem. Isso nos diferencia em relação a outras arenas. Hoje, somos referência em sustentabilidade no mercado e estamos continuamente em procura de novas soluções para aprimorar nosso funcionamento”, aponta o executivo.
Para Vanessa Pires, CEO e fundadora da Brada, empresa que auxilia investidores a apoiarem projetos de impacto positivo, é importante a inclusão de pautas ambientais no futebol. “Observar cada vez mais iniciativas em prol da sustentabilidade em diferentes estádios do país atesta o desenvolvimento de uma tendência de integração dos valores ESG ao envolvente esportivo. Aliás, movimentos porquê estes fazem com que se amplie a conscientização da sociedade sobre questões ambientais, em razão da visibilidade que um esporte porquê o futebol tende a proporcionar para a desculpa”, ressalta.
O Coritiba é pioneiro no futebol brasílio quando se trata da agenda ESG. Por meio do ‘Nossa Identidade Virente’, o time estruturou um programa para focar ações de sustentabilidade. Com o desenvolvimento do projeto, o clube se tornou o primeiro do futebol brasílio a assinar o Pacto Global da ONU, compromisso firmado por muro de 20 milénio organizações, que envolve, entre outras práticas, estratégias e operações em obséquio do meio envolvente.
“O Coritiba realiza, desde 2021, ações focadas na conscientização e ensino ambiental, preservação da biodiversidade, uso energético e projetos de gestão de resíduos no estádio e no núcleo de treinamento. Mas o maior ensinamento é perceber que se trata de uma mudança de paradigma de gestão e de compromisso social”, afirmou André Campestrini, CFO do Coritiba.
A Redondel Castelão, que foi o primeiro estádio da América do Sul a obter a certificação ambiental LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida pelo Green Building Council, possui um sistema de esgoto a vácuo, que diminui o consumo de chuva em todas as suas áreas. O estádio também é equipado com torneiras de fechamento automático, mictórios com sensores e um sistema de captação de águas pluviais, que é utilizado na rega do gramado, entre outras aplicações.
Ainda com o objetivo de envolver as torcidas e promover práticas sustentáveis, a prefeitura, em parceria com os clubes que utilizam a estádio, lançou o Movimento Fortaleza Limpa, que realiza o Campeonato da Reciclagem desde maio de 2024, durante os jogos de Fortaleza e Ceará. Em unicamente dois meses, o volume de coleta ultrapassa 3,4 toneladas de resíduos.
No sul, o Borda-Rio conta com a certificação LEED. Durante a reforma e modernização para o Despensa do Mundo de 2014, foram implementadas várias iniciativas para reduzir o impacto ambiental do estádio do Inter. Entre essas ações, destaca-se o sistema de captação de chuva da chuva, que é armazenada em duas cisternas, com capacidade totalidade de 300 m³, e reutilizada nos vasos sanitários da estádio. Fora isso, os mictórios do estádio são secos e não utilizam chuva para descarga.
O zelo com a emissão de gases de efeito estufa levou o Inter a integrar o Programa Perfil Sustentável desde 2019, resultando na redução de 160,476 toneladas de dióxido de carbono em 2023, com a compra de força limpa do mercado livre. O time também incentiva a mobilidade urbana sustentável, oferecendo áreas com bicicletários para colaboradores e torcedores. Essa preocupação da instituição com a gestão ambiental foi o ponto de partida para que a Adidas lançasse o uniforme 3 para a temporada 23/24 feito com material reciclável, evidenciando as práticas sustentáveis aplicadas no dia a dia do Inter.
Nelson Pires, vice-presidente de marketing do Internacional, celebra os compromissos sustentáveis do Inter. “O clube tem uma responsabilidade ambiental não só nos dias de jogos. Não é só oração, nós praticamos ações sustentáveis.”
Outra equipe do Rio Grande do Sul que tem realizado ações nos últimos anos é o Juventude, adotando práticas sustentáveis, recorrendo à força solar por meio de placas fotovoltaicas. Esse investimento tem permitido ao clube poupar muro de R$ 10 milénio por mês. Aliás, a utilização da manancial solar reduz o impacto ambiental ao diminuir a subordinação da força fornecida pela concessionária.
“O clube tem obtido uma economia significativa em sua conta de força mensal e, porquê resultado, está consumindo menos força da concessionária, o que reduz o impacto ambiental. O objetivo é continuar expandindo o uso de fontes renováveis, reforçando o compromisso da instituição com a preservação ambiental”, comenta Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude.
No ano pretérito, o Botafogo-SP firmou uma parceria com a Clarke Vontade, uma energytech atuante no Mercado Livre de Vontade. Com esse contrato, o clube espera reduzir em 140 toneladas por ano suas emissões de CO2. O Pantera também projeta uma economia de até 40% na conta de força elétrica.
Segundo Ferdinando Brito, diretor administrativo do clube, há uma série de iniciativas estratégicas em curso para alinhar o Botafogo-SP ao Pacto Global, uma certificação que estabelece metas voltadas para o desenvolvimento sustentável.
“É uma preocupação que todos os clubes devem compartilhar. Com essa parceria, o Botafogo-SP se integra a um grupo importante que procura ações para reduzir o impacto ambiental e contribuir para um porvir mais sustentável. Internamente, temos um projecto para aderir ao Pacto Global da ONU nos próximos anos, o que será extremamente profícuo para nossa marca”, afirma Brito.
Tem se tornado tendência as reformas em estádios para diminuir o gasto energético. O Sport é mais uma equipe que se preocupa com essa taxa. Com a atual reforma da Ilhota do Retiro, os refletores da moradia do clube pernambucano serão trocados por placas de LED, com objetivo de melhorar a eficiência energética.
O diretor mercantil do Sport, Alexandre Eguren, destaca que o processo de modernização do estádio, além da sustentabilidade, trará bons frutos para o clube. “Com o novo sistema de iluminação, coligado a todas as reformas estruturantes que estão sendo feitas em conjunto na Ilhota do Retiro, o Sport está valorizando a sua marca, os seus patrocinadores e, principalmente, os seus torcedores, que passarão a ter uma iluminação de primeira traço no estádio, o que eleva a qualidade do espetáculo”, afirma.
Para Tatiana Fasolari, do Grupo Fast, maior empresa de overlays da América Latina, sustentabilidade e tecnologia equilibram o uso de construções antigas às necessidades ambientais da atualidade: “As evoluções tecnológicas mescladas com sustentabilidade são o porvir do ramo, sendo necessárias para lastrar os ambientes modernos em que vivemos, em conjunto com as necessidades sustentáveis atuais”, ressalta.
Em Santa Catarina, o Heriberto Hülse é outro exemplo de estádio que conta com iniciativas em prol do movimento sustentável. Desde 2019, todo o lixo produzido durante as partidas do Criciúma — incluindo interno e periferia do estádio — é retraído e talhado ao devido processo de reciclagem. As ações fazem secção do Recicla Junto, projeto que até o momento já retirou mais de 400 toneladas de resíduos do meio envolvente.
“É gratificante observar cada vez mais medidas favoráveis ao meio envolvente no meio esportivo. O futebol exerce influência sobre uma parcela significativa da população e pode ser um grande coligado para a ensino socioambiental na sociedade. Buscamos incentivar essa transformação pelo exemplo, visando desencadear cada vez mais iniciativas positivas em prol do planeta”, destaca Augusto Freitas, CEO da Cristalcopo, empresa idealizadora do Recicla Junto e patrocinadora do Criciúma.
Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que conta com camarotes nos principais estádios do Brasil, acredita que não há mais espaço para eventos que ignoram ações sustentáveis. Desde 2022, o empresário retirou os copos de plástico em todas as suas operações, substituindo por canecas recicláveis.
“Precisamos fazer a nossa secção sempre e fomentar a discussão sobre a valia da reciclagem e da sustentabilidade. O futebol, porquê um esporte que movimenta massas, é perfeito para que as empresas possam investir em ativações que conscientizem a população. No termo, se cada um agir corretamente, em prol do meio envolvente, todos saem ganhando”, comenta o executivo.