Bangladesh: Exército e manifestantes devem definir governo interino após Parlamento ser dissolvido

O comandante do Tropa de Bangladesh, general Waker-Uz-Zaman, tem uma reunião marcada com os líderes estudantis das manifestações nesta terça-feira, 6, depois que o presidente do país, Mohamed Shahabuddin, dissolveu o Parlamento mais cedo, nesse mesmo dia.

Em um pregão breve, o general prometeu a formação do governo provisório, com objetivo de reparar “todas as injustiças”. Também afirmou que vai estatuir a suspensão do toque de recolher no país.

“O país sofreu muito, a economia foi afetada, muitas pessoas morreram, é hora de parar a violência”, afirmou Zaman na segunda-feira, pouco depois de manifestantes invadirem a residência solene de Sheikh Hasina, ex-primeira-ministra que renunciou na segunda-feira, 5.

Estudantes protestam

O líder do movimento estudantil que iniciou os protestos, Nahid Islam, afirmou que o governo interino deve ser liderado por Mohammad Yunus, economista e empreendedor social que venceu o Nobel da Silêncio em 2006. Islam afirmou que Yunus é um nome “amplamente aceito” no país.

O economista de 84 anos não comentou o pedido. Entretanto, se mostrou crítico ao governo de Hasina. Em uma entrevista ao jornal indiano The Print, ele disse que com a ex-premier no poder, Bangladesh era “um país ocupado”. Ele afirmou na entrevista: “Hoje, toda a população de Bangladesh se sente libertada”.

Outro nome potente que volta a integrar a cena política do país é o da ex-primeira-ministra e líder opositora Khaleda Zia. Rival política de Hasina, a opositora foi sentenciado em 2018 a 17 anos de prisão por depravação. Seu partido anunciou que ela foi libertada nesta terça-feira.

“Ela já está livre”, declarou o porta-voz do Partido Vernáculo Bangladesh, A.K.M. Wahiduzzaman.

Violência nas ruas

Milhões de bengaleses lotaram as ruas de Daca posteriormente o pregão da fuga da primeira-ministra. Alguns manifestantes compararam o momento à enunciação de independência do país, em 1971. Entretanto, também foram registradas cenas de caos e fúria. A polícia anunciou que pelo menos 109 pessoas morreram na segunda-feira, quando a plebe atacou aliados de Hasina.

O dia mais violento dos protestos, que começaram em 1º de julho, inflaram o número de mortos durante as manifestações. Ao menos 409 pessoas morreram, ao todo, segundo um balanço da AFP fundamentado em informações divulgadas pela polícia, autoridades e fontes médicas.

As manifestações começaram posteriormente a reintrodução de um sistema de cotas que reservava mais da metade dos empregos públicos para determinados grupos. A iniciativa motivou pedidos de repúdio de Hasina, acusada de usar o luxo estatal para permanecer no poder, inclusive com o homicídio de seus opositores.

O paradeiro de Hasina não foi confirmado. A prensa indiana informou que seu helicóptero pousou em uma base militar perto de Novidade Délhi.

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