
Após tombo, Bolsas de Valores pelo mundo seguem voláteis; Tóquio dispara 10%
Segunda-feira (5) fi de queda nos mercados globais
Em seguida uma segunda-feira (5) de fortes quedas globais
, os mercados abriram esta terça-feira (6) com movimentos mistos. As bolsas asiáticas, antes do fechamento, mostraram uma recuperação parcial, com exceção de Hong Kong.
O índice Nikkei 225 do Japão subiu 10,23%, posteriormente uma queda histórica de 12,4% na véspera. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 3,3%, quase compensando a queda de 3,4% do dia anterior. Em Taiwan, o Taiex teve uma subida de 3,38%, posteriormente uma possante perda de 5,7%. Por outro lado, o Hang Seng de Hong Kong continuou em baixa, caindo 0,31%. Na Austrália, o S&P/ASX200 subiu 0,41%, revertendo uma queda de 1,3% do dia anterior.
Na Europa, os mercados exibem volatilidade. O Stoxx 600, que abrange empresas de 17 países, estava em baixa de 0,06% às 07h40 (horário de Brasília). Enquanto isso, o DAX da Alemanha e o FTSE 100 da Inglaterra avançavam 0,27% e 0,15%, respectivamente. O CAC 40 da França recuava 0,19%, e o IBEX 35 da Espanha caía 0,30%.
O cenário global de incerteza é amplificado pelos recentes dados de tarefa dos Estados Unidos. O relatório de sexta-feira revelou que exclusivamente 114 milénio vagas foram criadas em julho, aquém das 175 milénio esperadas. Aliás, houve um aumento de 14 milénio no número de pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada, totalizando 249 milénio. Esses números indicam uma provável desaceleração no mercado de trabalho americano.
A situação é agravada pela elevação das taxas de juros pelo Federalista Reserve (Fed), que, apesar de manter os juros entre 5,25% e 5,50%, pode encetar a reduzir as taxas em setembro. Juros mais altos encarecem crédito e financiamento, o que tende a diminuir o consumo e frear investimentos.
Recentemente, resultados corporativos também trouxeram preocupações adicionais. A Amazon apresentou receitas de US$ 148 bilhões, aquém das expectativas de US$ 148,8 bilhões, embora o lucro por ação tenha superado as previsões. A Intel, por sua vez, reportou uma receita de US$ 12,8 bilhões, subalterno aos US$ 12,9 bilhões projetados, e um lucro por ação de US$ 0,02, muito aquém dos US$ 0,10 esperados. As ações da Intel caíram mais de 20% nos pré-mercados.
Especialistas alertam que esses fatores combinados — desde as incertezas econômicas até os resultados corporativos negativos — indicam um provável impacto inverso na economia global.