Que horas deve sair o resultado nos EUA?
A eleição presidencial dos Estados Unidos acontece em 5 de novembro e difere bastante do processo eleitoral brasílio. Nos EUA, o presidente não é eleito diretamente pelo número totalidade de votos, mas por meio de delegados que representam os estados no Escola Eleitoral. Esse sistema de delegados, coligado ao voto impresso e ao voto pelo correio, pode impactar o tempo de apuração.
Apuração nos estados americanos: processo variável
Não há uma data fixa para o resultado, pois depende do ritmo de narração em cada estado. Em 2020, por exemplo, a vitória de Joe Biden foi confirmada exclusivamente quatro dias em seguida a votação.
Ainda assim, a prática é que o resultado seja divulgado na noite da eleição ou na madrugada seguinte, exceto em pleitos muito disputados – uma vez que o de 2024 se projeta ser.
Nos Estados Unidos, o sistema é descentralizado, sem uma entidade federalista que centralize a apuração, uma vez que ocorre com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil. Cada um dos 50 estados realiza sua própria narração e exclusivamente publica os resultados quando concluídos.
A espera se dá por várias razões. Os Estados Unidos utilizam voto impresso, o que atrasa a narração. Ou por outra, há voto pelo correio, e alguns estados aceitam votos que sejam postados até o dia da eleição, mesmo que eles cheguem nos dias seguintes.
Para Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington e sócio do fundo Zaftra, será uma semana de espera prolongada antes que o resultado final seja divulgado. Segundo ele, o ritmo da apuração dos votos nos Estados Unidos varia significativamente conforme o estado, o que pode atrasar a divulgação de quem será o próximo presidente.
Moura explica que cada estado tem suas próprias regras para a narração de votos. Em alguns deles, a apuração começa antes mesmo do dia da eleição, enquanto em outros o processo só se inicia no próprio dia 5 de novembro ou até mesmo em seguida o fechamento das urnas.
Esse último caso é visto em alguns estados-chave uma vez que Arizona e Pensilvânia, onde só é permitido iniciar a narração dos votos pelo correio em seguida o término da votação presencial.
O Arizona, em peculiar, tem sido marcado por uma apuração demorada, principalmente no condado de Maricopa, o maior do estado. Em 2020, o estado levou dias para concluir a narração, e Moura prevê que a situação se repita neste ano, com o resultado do Arizona esperado exclusivamente para o sábado, 9 de novembro.
A Pensilvânia segue um padrão semelhante, e, em 2020, seu resultado só foi divulgado no final da semana. Moura acredita que, novamente, será improvável que a narração completa seja concluída antes da sexta-feira, dia 8 de novembro.
Estados com apuração mais rápida
Enquanto Arizona, Pensilvânia, Nevada e Geórgia devem levar mais tempo, há estados onde o resultado é esperado rapidamente. Wisconsin e Carolina do Setentrião, por exemplo, devem concluir suas apurações já na noite da terça-feira, 5 de novembro. Moura destaca que a Carolina do Setentrião tende a ser o primeiro desses estados a vulgarizar o resultado.
Vantagem inicial para Trump?
A distribuição dos estados que apuram rapidamente e aqueles que demoram mais pode influenciar a percepção dos eleitores na noite de terça-feira.
Moura aponta que, no início da noite, os estados que devem vulgarizar resultados são tradicionalmente favoráveis ao ex-presidente Donald Trump, uma vez que Flórida e estados do Sul, onde o republicano tem vantagem.
Mas, os estados do Oeste — que tendem a concordar o Partido Democrata — iniciam a apuração mais tarde, o que significa que a vantagem inicial pode ser temporária.
Para os eleitores norte-americanos e o público internacional, a previsão é de uma espera até o termo da semana para saber o resultado solene das eleições.
“O resultado final provavelmente só estará disponível, na melhor das hipóteses, na sexta-feira”, afirma Moura.
Apuração descentralizada e voto por correio
Outro fator que influencia a velocidade da apuração é o voto pelo correio, generalidade em estados americanos e aceito até o próprio dia da eleição.
Nascente padrão descentralizado faz com que a prensa americana seja a responsável por solidificar e vulgarizar o resultado final, com base nos dados estaduais. Um dos mais tradicionais veículos que faz essa consolidação é a AP News.
Dessa forma, na noite de 5 de novembro já haverá resultados que tornarão provável alguma projeção, mas pleitos acirrados, em peculiar nos sete estados-chave (Arizona, Carolina do Setentrião, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin) podem exigir dias para uma confirmação solene.
Quem são os candidatos à presidência?
A disputa deste ano envolve Kamala Harris, pelo partido Democrata, e Donald Trump, pelo partido Republicano.
Donald Trump
Donald John Trump nasceu em 14 de junho de 1946, na cidade de Novidade York. Ele era fruto de um empresário do setor imobiliário, que construiu muitas casas e prédios na cidade. Ele estudou economia em Wharton e depois de formado passou a trabalhar com os negócios do pai, nos anos 1970.
Trump foi expandindo os negócios da família para outros setores, uma vez que hotéis de luxo e cassinos, e passou a colocar seu nome em negócios variados, o que o trouxe renome a partir dos anos 1980. Posteriormente problemas financeiros na dezena seguinte, o empresário voltou aos holofotes em meados dos anos 2000, quando fez sucesso com o reality show O Novato.
Nos anos seguintes, Trump começou a fazer críticas ao portanto presidente Barack Obama. Com o tema, ganhou espaço em programas de TV e, com isso, acabou entrando na política. Ele foi eleito presidente dos EUA em 2016, com uma campanha baseada no combate à imigração irregular e a uma teoria de “tornar a América grande de novo”.
Em seu governo, Trump adotou medidas duras contra imigrantes, que depois foram derrubadas na Justiça. Na pandemia, ele teve postura negacionista, de combate às medidas de proteção, uma vez que o isolamento social. O republicano perdeu a reeleição em 2020, para Joe Biden, mas não reconheceu o resultado e convocou seus apoiadores a lutar. Secção deles invadiu o Congresso, em 6 de janeiro de 2021, para tentar impedir a certificação do resultado.
Posteriormente deixar o incumbência, Trump foi fim de vários processos na Justiça, por temas variados, uma vez que sua participação nos atos de 6 de janeiro, ramal de documentos e fraude fiscal. Apesar disso, ele conseguiu manter o controle do partido e obter a nomeação em 2024 praticamente sem competição interna.
Kamala Harris
Nascida em 20 de outubro de 1964, em Oakland, Califórnia, Kamala é filha de imigrantes — sua mãe, Shyamala Gopalan, uma pesquisadora do cancro de pomo e ativista de direitos civis de origem indiana, e seu pai, Donald Harris, um economista jamaicano — e foi criada em um envolvente que valorizava a instrução e a justiça social. Assim, formou-se em Ciências Políticas e Economia pela Universidade Howard, uma das mais prestigiadas universidades historicamente negras dos EUA, e depois obteve seu diploma de Recta pela Universidade da Califórnia, Hastings.
Sua curso começou em 1990, quando se tornou promotora no condado de Parque, na Califórnia. Em 2003, ela foi eleita procuradora-distrital de São Francisco, onde implementou reformas progressistas no sistema judicial, uma vez que programas de reparação para crimes menores. Poucos anos mais tarde, em 2010, foi eleita procuradora-geral da Califórnia, tornando-se a primeira mulher e a primeira pessoa negra a ocupar o incumbência.
A curso política despontou a partir de 2017, uma vez que estrela em subida do Partido Democrata em seguida ser eleita senadora na Califórnia. Ela chamou a atenção ao agir de modo incisivo em audiências no Senado. Em 2020, disputou as primárias uma vez que pré-candidata a presidente, mas não venceu. Seu desempenho, no entanto, a levou a ser chamada para ser vice na placa de Joe Biden. Os dois se elegeram naquele ano, em uma campanha contra Donald Trump.