“Não há qualquer mudança”: Itaú reforça estratégia mesmo com desafios no cenário macro

Subida de juros no Brasil, risco fiscal e eleições americanas são alguns dos temas macroeconômicos que têm tirado o sono dos investidores nas últimas semanas. Zero disso, no entanto, preocupa o Itaú, maior banco da América Latina. 

Depois apresentar lucro de R$ 10,6 bilhões no terceiro trimestre, o CEO do Itaú, Milton Maluhy Rebento, reforçou que o banco não está imune a “cenários disruptivos”, mas segue otimista para os próximos meses e mantém o foco no longo prazo.

“Não há qualquer mudança no gosto [a crédito] do banco. Continuamos vendo cenário benigno, com capacidade de crescer a carteira com qualidade”, afirmou o CEO a jornalistas durante coletiva realizada nesta manhã, 5. A carteira de crédito expandida do Itaú somou R$ 1,278 trilhão no terceiro trimestre deste ano – subida de 9,9%. 

Desafios do cenário macroeconômico

No exterior, a grande incerteza dos investidores é quem sairá vencedor das eleições americanas: a democrata Kamala Harris ou o republicano Donald Trump. Na avaliação de Maluhy, o resultado do pleito na maior economia do mundo pode ter implicações “muito diferentes”, em peculiar para os países emergentes porquê o Brasil.

“A política protecionista de Trump levaria a um dólar mais possante, o que significa mais pressão em inflação e ciclo de juros”, disse. O CEO reforçou, no entanto, que o cenário ainda está “empatado” e que é preciso esperar os resultados. 

No Brasil, a expectativa é com o proclamação do incisão de gastos por secção do governo. Maluhy citou o cancelamento da viagem do ministro da Quinta, Fernando Haddad, à Europa, porquê uma notícia de impacto para o mercado nesta semana pela especulação do tamanho dos cortes, mas reiterou que o foco do banco está no longo prazo. 

Maluhy reforçou ainda que a segurança fiscal é necessário para o controle da inflação e da Selic. “[Cenário de] juros cimo não é bom para o banco. Preferimos juros mais baixos onde seja verosímil crescer a carteira com qualidade.”

Dividendo inopinado

O CEO reforçou ainda que o Itaú está com uma base de capital “bastante sólida” que irá permitir o proclamação de dividendos extraordinários no resultado do quarto trimestre. “Podem esperar dividendo de magnitude maior do que foi pronunciado pago no ano pretérito”, afirmou.

Em sua última distribuição, referente ao de 2023, o Itaú pagou R$ 11 bilhões em dividendos extraordinários e R$ 4,3 bilhões em juros sobre capital próprio – montante três vezes superior ao que havia sido pago em 2022.

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