O primeiro ídolo de uma galeria imortal – Tom Barros

Ivan Roriz foi notável goleiro do Ceará nas décadas de 1950 e 1960. Era também carinhosamente chamado de Ivan Boião. Foi o meu primeiro ídolo no futebol. Na quadra, geralmente o goleiro atuava com o uniforme todo preto, tendo o número um, branco, nas costas. 

A primeira vez que o vi jogar foi em 1956. Eu tinha nove anos de idade. Aconteceu em um jogo no PV. Se não me lacuna a memória, o contendedor foi o Calouros do Ar. Mas o que me impressionou foi a atuação do Ivan. Fez bonitas defesas, em voos que pareciam o voo das gaivotas. 

Em 1957, o Ceará sagrou-se vencedor cearense, em uma “melhor de três” com o Usina. Ivan Roriz teve notável participação. Atuou porquê goleiro no primeiro jogo (Ceará, 2 x 1). Atuou porquê centroavante no segundo jogo (Usina, 2 x 0). No terceiro jogo (Ceará, 1 x 0), voltou a atuar porquê goleiro. 

Na história do futebol, não conheço outro indumento assim. Ivan foi realmente fantástico.

O melhor

Mozart Gomes, o Mozarzinho, também brilhou nas décadas de 1950 e 1960. Morava perto da minha moradia na Gentilândia. Ele era oito anos mais velho do que eu. E o vi no auge da curso no Fortaleza. Depois brilhou no Náutico-PE e no Fluminense-RJ. Para mim, o melhor e mais completo jogador da história do futebol cearense. Um craque.

Goleador

Gildo, o maior ídolo da história do Ceará. Brilhou no Vozão, principalmente na dez de 1960, quando se sagrou tricampeão cearense em 1961/1962/1963. Ele é recordista de gols marcados pelo Ceará: 246 gols. Era um bombeiro nato. Poucos eu vi com tanta desenvoltura nas finalizações, quer na extensão, quer nas proximidades dela.

Ferrão

Francisco Nunes, sabido porquê Pacoti. Também na dez de 1950 fez história no futebol cearense. Atacante impetuoso. Peitudo, porquê se dizia na quadra. Estilo parecido o do atacante Vavá, bicampeão do mundo pelo Brasil em 1958 e 1962. A meu raciocínio, foi o maior ídolo do Ferroviário.

Galeria

Observem que citei exclusivamente jogadores das décadas de 1950 e 1960. E poderia acrescer muito mais. A galeria dos imortais é infinita. Vai sendo preenchida na medida em que a memória traz à tona novos nomes e novas lembranças. Cada torcedor tem a sua galeria dos imortais. 

Desfecho

Meu primeiro ídolo foi Ivan Roriz, além de óptimo goleiro, tinha carisma. Geralmente os atacantes e os artilheiros eram os preferidos dos torcedores. Mas Ivan, sendo goleiro, levava para si os aplausos do público. Ivan era tão notável que, embora sendo goleiro, atuava também porquê centroavante, quando o time precisava. Era dissemelhante. 

 




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