Parceria entre Band e F1 chega ao fim, e Globo trabalha para voltar às transmissões

A saída do Grupo Bandeirantes uma vez que conduto solene da Fórmula 1 no Brasil, de entendimento com informações do mercado junto à Liberty Media, detentora dos direitos de transmissão da modalidade, se deu por alguns motivos, em privativo questões financeiras, segundo se comenta nos bastidores e descumprimento no pagamento dos valores acordados inicialmente à assinatura do contrato, que se deu em 2021.

Agora, se fala que a competição deva voltar a ser exibida pela TV Orbe, conduto que por duas décadas comandou as transmissões no país, entre 1981 e 2020, até chegar à Band no ano seguinte. O contrato de exibição entre Liberty Media e Band iria até o final de 2025, mas será cumprido somente até o termo da temporada 2024.

A audiência das etapas exibidas frequentemente nas manhãs de domingo não eram das mais altas em verificação ao período global, ficando na morada dos 2 ponto. O GP da Itália, por exemplo, disputado no último domingo (1), deixou a Band na 4a colocação, com 2,4 pontos, mas próximo dos segundos colocados, SBT e Record, com 2,6, e detrás exclusivamente da Orbe, com 8 pontos de média.

Já em maio deste ano, a Band conseguiu pela primeira vez passar dos 3 pontos de média com o GP de Mônaco, considerado um dos mais tradicionais da modalidade, e atigindo 4,4 pontos de pico. No entanto, assim uma vez que no último GP, também ficou com a 4a posição, próximo dos vices-líderes SBT e Record.

Para especialistas em gestão e marketing esportivo, alguns fatores levam a essa queda de engajamento com o público, e isso não está atrelado somente ao indumento do país não ter um piloto brasiliano.

“A concorrência acirrada pela atenção dos fãs, a grande oferta de novas modalidades esportivas que se somam às tradicionais e as métricas de desempenho que pressionam executivos de marketing por perfomance, resultam em um mercado publicitário impiedoso até mesmo com projetos considerados infalíveis”, opina Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e profissional em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte, “apesar da modalidade ter rejuvenescido o seu público através da série do Netflix ‘Drive to Survive’, o interesse da modalidade no Brasil cresceu novamente, mas a falta de um piloto brasiliano há anos na F1 não tem ajudado a incrementar a audiência das provas no país”, diz.

“A falta de um piloto pátrio tem influência direta no interesse do público brasiliano de escoltar a temporada da modalidade, mas existem ainda outros motivos. Diferentemente de anos detrás, hoje as transmissões de TV ‘brigam simultaneamente’ com as redes sociais pela atenção do público. A mudança de emissora também pode ser outro fator. No início, por ser novidade, obteve-se uma boa audiência, porém, nos anos seguintes, sem esse apelo do ‘indumento novo’, os números começaram a tombar. No entanto, independentemente do alcance das transmissões, quando o ponto é o evento em si, é inegável que o GP do Brasil continua crescendo e sendo um sucesso a cada ano”, pondera Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil, filial que oferece pacotes com hospedagem, transporte e ingressos para o GP de São Paulo.

Para Bruno Maia, CEO da Feel The Match e profissional em inovação e tecnologia no esporte, e que escreveu o livro ‘Inovação é o Novo Marketing’, que aborda sobre essas transformações, uma das principais dificuldades do esporte ao vivo nessa estação dos streamings é o de promover uma linearidade de grade.

“Numa grade de programa linear, uma vez que são as das TVs abertas, a gente vê toda hora os programas de variedade, o jornalismo, os intervalos comerciais, falando e promovendo o evento que será transmitido das competições que acompanhamos. Quando isso é feito pelos canais que transmitem jogos no streaming hoje, geralmente eles não tem grade de programação impactando o tempo todo, pelo contrário. Os conteúdos são assistidos por demanda, ou seja, se o consumidor clica pra ver. Ninguém pede pra ver leste tipo de teor que promove o evento. Por isso, a força promocional destes veículos é muito menor do que um veículo com grade linear, uma vez que os canais de TV”, afirma ele.

O executivo da Feel The Match complementa dizendo quw Orbe fez isso por muito tempo, ao transmitir e promover seus eventos.

“Isso aumentava o relacionamento com o público. Hoje, não necessariamente a plataforma que promove uma exibição acaba gerando conteúdos o tempo todo em que se relacionam com o que está acontecendo na competição. Essa promoção acaba sendo feita por influenciadores ou outros canais especializados, que não necessariamente tem o recta. Ficamos expostos à promoção do evento e isso dificulta um gavinha mais próximo, quando ao mesmo tempo já não existe uma paixão predeterminada. Uma coisa é ter paixão por um time de futebol, você continua seguindo ele porque já está lá muito enraizado. Os pilotos de F1 você precisa saber”.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios