
'Beeatlejuice 2': Tim Burton saúda clássico do cinema e entrega sequência divertida; veja entrevista
É curioso pensar porquê os clássicos do cinema nascem e se consolidam. Em 1988, Tim Burton reunia uma jovem Winona Ryder e um recém-descoberto Michael Keaton para o estranho — mas fascinante — “Beetlejuice” que, logo que foi lançado, quebrou os paradigmas da indústria cinematográfica. Agora, 35 anos mais tarde, a história continua com um elenco mais maduro, mas também promissor e renovado. E as proporções do alcance e do peso da estreia mudam.
Nesta quinta-feira, 5, “Beetlejuice Beetlejuice” (no título brasílio: “Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice”) chega aos cinemas de todo o mundo com boa secção dos atores que compuseram o elenco em 1988 e algumas novas adições: retornam Michael Keaton (“Birdman”), Winona Ryder (“Stranger Things”) e Catherine O’Hara (“Esqueceram de Mim”), entram Monica Bellucci (“Matrix”), Willem Dafoe (“Pobres Criaturas”) e Jenna Ortega (“Wandinha”) — a novidade faceta do terror ‘risonho’ de Hollywood. Tudo isso em um filme original que reconhece e reconstrói suas origens, sem perder o espaço para os temas atuais que o circundam.
Mas o peso do lançamento é muito dissemelhante da estreia de 35 anos detrás. “Beetlejuice” se tornou clássico, conquistou uma legião de fãs, faturou milhões em musicais da Broadway. Fazer uma sequência, já muito disse Tim Burton, era um passo aventuroso na história de um filme tão muito consolidado na cultura pop — e com um Oscar de Melhor Maquiagem no currículo.
O caminho que o diretor encontrou para produzir um filme também relevante e risonho para além da homenagem, foi desapegar da nostalgia e submergir no core da obra que criou. “Não olho para esse filme com nostalgia, acho que essa é uma termo estranha”, revelou Tim Burton em uma entrevista coletiva da qual a EXAME fez secção. “Eu olhei para isso porquê se fosse um personagem que eu palato em um mundo que eu ainda senhor — e nunca me deixou. A teoria, 35 anos depois, foi produzir uma família estranha e unida por um pouco em geral, e isso me pareceu visível para esse momento”, completou ele.
Elenco de “Beetlejuice Beetlejuice” se reúne para coletiva de prensa na Cidade do México (Beetlejuice Beetlejuice/ Warner Bros/Divulgação)
O novo dança em simetria com o velho em ‘Beetlejuice Beetlejuice’
Na recente vaga de nostalgias, era de se esperar que “Beetlejuice Beetlejuice” honrasse suas origens, mas havia um visível receio de que o novo filme se desbalanceasse entre as homenagens e um roteiro atual e inovador. A boa notícia é que Burton conseguiu lastrar muito os pratinhos: ao mesmo tempo em que o longa se reverencia e não abre mão de sua icônica identidade visual, há um espaço bastante generoso para que a novidade história — e os novos membros do elenco — o preencha.
O segundo filme da franquia se passa também 35 anos depois dos eventos do primeiro longa. Lydia Deetz (Winona Ryder) agora é mãe de uma jovem, Astrid (Jenna Ortega) que não acredita em seus poderes de ver fantasmas. Depois a morte de Charlie, as três gerações dos Deetz se reúnem mais uma vez na morada de Winter River e embarcam em uma proeza que muda os rumos da família. E isso envolve, é simples, um visível fantasma que aparece quando seu nome é dito três vezes.
Ponto cimeira do longa, Michael Keaton retoma o papel mais de três décadas depois e performa porquê se não tivesse se pretérito nenhum dia desde o término icônico personagem dos anos 1980. Mas para o ator, entrar na pele do fantasma não foi lá tão confortável assim. “Foi muito mais difícil do que antecipei, estava mais nervoso dessa vez, porque queria fazer tudo muito muito e isso em específico, perfeito”, comentou o Keaton durante a coletiva. “Mas devo manifestar que a nostalgia é uma coisa engraçada. Não conseguia entender, sendo franco, mas com esse retorno, foi um pouco que me atingiu com força”.
A luzidio atuação de Keaton, que manteve a mesma qualidade, combina e muito com a novidade tradução que Winona Ryder dá a Lydia. Ainda com uma personalidade reconhecida — e nostálgica em seu figurino —, a atriz retoma o papel mais madura. E dança em perfeita simetria com Jenna Ortega, que encara muito o duelo de interpretar Astrid de maneira original, sem se ater aos trejeitos de seu papel porquê Wandinha Addams.
“Foi legítimo fazer secção desse filme porque acho que Astrid foi escrita de forma linda, e é realmente muito fácil ver de onde ela vem. Consegui entrar fácil na personagem e aí o duelo era produzir um vínculo com Winona o supremo que eu pudesse”, revelou a atriz. “Tudo meio que se encaixou tão rápido. Mal eu e Winona começamos a conversar, simplesmente não nos movemos. Falamos por horas, não olhávamos o telefone, sequer levantávamos para ir ao banheiro. Às vezes eu ia para a morada dela ou ela vinha para a minha. A química foi instantânea e isso tornou tudo mais procedente”.
Muito em descerrado, pouco resolvido
Apesar da química entre as duas e de um elenco muito harmonioso entre si, o roteiro de Burton deixa um pouco a desejar no novo filme. Com tantos elementos postos em jogo e tantas oportunidades com novos personagens, falta ali uma fusão capaz de unir todas as aberturas que o cineasta abre na história — e não consegue, sempre, concluir.