União Europeia não reconhece reeleição de Maduro e aumenta pressão internacional sobre Venezuela

A União Europeia (UE) declarou no domingo, 4, que não reconhece o resultado das eleições de 28 de julho que reelegeram Nicolás Maduro para um terceiro procuração. Com isso, o conjunto economico se junta aos Estados Unidos e a países da América Latina na pressão internacional sobre a Venezuela.

“Na exiguidade de provas que os respaldem, os resultados divulgados em 2 de agosto pelo Juízo Pátrio Eleitoral (CNE) não podem ser reconhecidos”, ressaltou o Juízo da União Europeia, que exigiu “uma verificação independente”.

Diferentemente dos Estados Unidos e de outros países, a UE se absteve de reconhecer a vitória do candidato opositor, Edmundo González Urrutia.

“As cópias das atas eleitorais divulgadas pela oposição e revisadas por organizações independentes indicam que Edmundo González Urrutia parece ter vencido as eleições presidenciais por uma maioria significativa. A União Europeia pede, portanto, uma novidade verificação independente das atas eleitorais, se verosímil por uma entidade de reputação internacional”, diz o enviado.

A UE também pediu ao governo venezuelano “que ponha término às prisões arbitrárias, à repressão e à retórica violenta contra os membros da oposição e da sociedade social, e que liberte todos os presos políticos”.

CNE confirma reeleição e manifestantes vão às ruas

Maduro foi confirmado pelo Juízo Pátrio Eleitoral (CNE) porquê presidente reeleito, com 52% dos votos, contra 43% para o opositor Edmundo González Urrutia. O CNE ainda não divulgou os resultados detalhados, alegando que seu sistema foi fim de “um ataque hacker em volume”. Maduro e funcionários do cimeira escalão questionam a validade dos documentos divulgados pela oposição.

A oposição, no entanto, publicou em um site atas que dariam a González 67% dos votos.

A opositora María Corina agradeceu neste domingo aos governos de Alemanha, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Polônia e Portugal por seu “compromisso com a democracia”, posteriormente o pedido desses países para que sejam divulgadas as atas da eleição presidencial da Venezuela.

O papa pediu hoje no Vaticano para se “buscar a verdade” na Venezuela, enquanto a líder opositora María Corina Machado agradeceu o pedido de sete países europeus para que as atas de votação sejam divulgadas.

No dia seguinte às eleições, manifestantes foram às ruas da capital Caracas e de outras cidades do país, reclamar contra a vitória do atual governante.  Até agora, 11 civis e 1 militar morreram nos atos, segundo organizações de resguardo dos direitos humanos, e mais de 2.000 foram detidos.

Comunidade internacional se posiciona

No sábado, 3, em uma enunciação publicada pelo governo italiano, os sete países europeus expressaram “possante preocupação” e solicitaram às autoridades venezuelanas “publicar rapidamente todos os registros” das eleições para prometer a “totalidade transparência”.

“Em nome dos venezuelanos, agradeço por esse importante enviado”, publicou María Corina na rede social X. “Apoiamos a exigência de que se verifique o quanto antes, em nível internacional e independente, as atas que apresentamos”, acrescentou.

Estados Unidos, Peru, Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá reconheceram González porquê vencedor, e o Canadá pediu hoje a divulgação dos resultados completos.

Rússia e China apoiam o presidente chavista, enquanto Brasil, Colômbia e México tentam promover um contrato político.

Conduta réplica

O presidente Nicolás Maduro elogiou neste domingo o que chamou de “conduta réplica” da Guarda Pátrio – corpo militar encarregado da ordem pública – diante dos protestos contra a sua reeleição.

“Vocês são a pilastra vertebral da sossego, da proteção do povo, da tranquilidade, da segurança”, ressaltou Maduro, durante um evento pelo 87º natalício da corporação. “Estamos enfrentando nas ruas da Venezuela um golpe de Estado imperialista, uma emboscada imperialista.”

Diante de uma revelação de apoiadores em frente ao palácio presidencial de Miraflores, Maduro denunciou ontem que estava em curso um projecto para “usurpar” o poder.

“Não se aceitará, com as leis nacionais, que se tente usurpar novamente a presidência”, advertiu Maduro, traçando um paralelo com o reconhecimento internacional recebido em 2019 pelo opositor Juan Guaidó, atualmente exilado nos Estados Unidos, posteriormente uma tentativa fracassada de retirar o governante socialista. O presidente venezuelano chamou González Urrutia de “Guaidó 2.0”.

Guaidó, portanto encarregado do Parlamento, foi reconhecido porquê “presidente interino” por Washington e por tapume de 50 de governos que consideraram fraudulenta a reeleição de Maduro em 2018, em eleições boicotadas pela oposição.

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