Falta de aterros sanitários ainda desafia municípios

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Falta de aterros sanitários ainda desafia municípios

Passada a data-limite para a implementação dos aterros sanitários no Brasil – 2 de agosto – mais de 3 milénio lixões a firmamento lhano ainda são encontrados no país, sem qualquer tipo de tratamento e zelo ambiental ou sanitário. De negócio com o estabelecido na Política Pátrio de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2010), venceu na semana passada o prazo para que as prefeituras realizassem as adaptações necessárias no controle do descarte de lixo.

Pela regra original, os rejeitos – lixo que não pode ser reaproveitado – deveriam ter destinação final ambientalmente adequada até o último dia de 2014. Em 2015, o prazo universal foi prorrogado para 2020. No entanto, para os municípios que possuem uma política sítio sobre o tema e serviços saneamento essencial com as contas equilibradas, a data-limite era maior, entre 2021 e 2024. Neste último prazo, estavam os municípios com menos de 50 milénio habitantes em 2010.

A cultura da gestão dos resíduos é dos municípios, mas de forma integrada com União e estados, segundo a legislação.

Aterros sanitários geram vigor

O sorte adequado nos aterros sanitários é dispendioso. Com estruturas de engenharia e profissionais qualificados, os aterros sanitários impermeabilizam o solo, tratam o chorume para evitar vazamento e fazem monitoramento ambiental.

De negócio com informações apresentadas pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Envolvente (Abrema) em debate no Senado, os aterros sanitários podem produzir vigor elétrica a partir do biogás gerado pelo lixo. Podem, também, formar o biometano, um biocombustível. Segundo a associação, há 37 aterros sanitários produzindo vigor elétrica no país e quatro gerando biometano.

Os custos da gestão dos resíduos

Um estudo elaborado pela consultoria internacional S2F Partners indica que, se o Brasil continuar a gerir os resíduos porquê atualmente, a partir de 2040, os custos totais diretos e indiretos ficarão em torno de R$ 137 bilhões por ano. Desse valor, R$ 105 bilhões corresponderão às externalidades. Se a tendência se mantiver até 2050, os custos passarão de R$ 168 bilhões, dos quais R$ 130 bilhões serão externalidades.

Segundo a pesquisa, até 2020, a gestão de resíduos no Brasil custou R$ 120 bilhões, sendo que R$ 30 bilhões se referem aos custos diretos dos serviços de gestão de resíduos no país. Os R$ 90 bilhões restantes são os custos com as externalidades.

As externalidades são os custos indiretos decorrentes do protótipo atual, no qual há baixa reciclagem, sem coleta integral dos resíduos gerados, e com a destinação irregular de 30 milhões de toneladas de resíduos encaminhadas anualmente a lixões e aterros controlados. Essa prática motivo a contaminação do solo, polui o ar e as águas, causando impactos na saúde humana e nas condições ambientais, e contribuindo de maneira significativa para a perda da biodiversidade e aquecimento global.

Potencial de redução de custos

Segundo um dos autores do estudo, Carlos Silva Fruto, o alcance das metas do Projecto Pátrio de Resíduos Sólidos
(Planares) em 2040, que contempla o fecho dos lixões e o aumento da reciclagem para 50%, resultaria na redução de mais de 80% dos custos totais na conferência com os gastos atuais da gestão de resíduos, já considerando as externalidades, fator ignorado nos estudos.

De negócio com o relatório, se as metas do Planares forem atingidas, o dispêndio totalidade da gestão de resíduos sólidos no Brasil em 2040 será de pouco mais de R$ 22,5 bilhões por ano, com ganhos de mais de R$ 40 bilhões por ano. Se extrapolar o progressão no percentual de reciclagem para 55% em 2050, o dispêndio totalidade cairá para muro de R$ 15 bilhões.

Com informações da Filial Senado e da Filial Brasil

Foto: Registo/Maria Heinen/Rádio Pátrio

País ainda tem 3 milénio lixões a firmamento lhano

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