Embraer e Airbus estão no páreo para vender 30 aviões para a Latam reforçar voos regionais no Brasil
Santiago, Chile* – A Embraer está na disputa para vender aeronaves para a companhia aérea Latam. Segundo auxiliares próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está em discussão a compra de 30 ou mais aviões para substanciar a atuação da companhia aérea na aviação regional no Brasil.
Diferentemente do que noticiou EXAME mais cedo, a Latam não deve anunciar a compra de aviões nesta segunda-feira, 5. Ao longo do dia, a reportagem conversou com executivos e integrantes do governo brasílico envolvidos nas tratativas entre a companhia aérea e a Embraer.
Entretanto, os mesmos técnicos do governo admitiram que a Latam também está em negociações com a Airbus. A operário que oferecer as melhores condições fechará o negócio.
“Essa negociação não é simples. A Latam já tem relação sólida com a Airbus e isso faz diferença. Mas as tratativas estão em curso e há disposição da Embraer, com auxílio do governo, de oferecer as melhores condições”, disse um facilitar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na foto (da esquerda para a direita), o presidente do Chile, Gabriel Boric; a primeira-dama do Chile, Irina Karamanos, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Ricardo Stuckert / PR (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)
Reunião
Tamanho é o envolvido do governo brasílico nesse processo que Lula se reúne nesta segunda com o CEO global da Latam, Roberto Intuito, e com o CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier. Também participará da conversa o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Fruto.
Segundo técnicos do governo, a tendência é de que as negociações durem mais tempo. Do lado brasílico já há um sinal positivo para o financiamento das aeronaves da Embraer pelo Banco Vernáculo do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Atualmente, a Latam possui 159 aviões em operação no Brasil, dos quais 139 foram fabricados pela Airbus e são usados para voos domésticos ou na América do Sul. As outras 20 aeronaves são da Boeing e usadas para viagens de longa intervalo para a Europa, África e América do Setentrião.
Líder no mercado brasílico, a companhia aérea tem reforçado, desde o termo da pandemia, a oferta de voos regionais. Um exemplo disso, ocorreu no Rio Grande do Sul. O estado, que tinha voos exclusivamente para a capital Porto Satisfeito, passou a receber rotas para Canoas, Pelotas e Caxias do Sul.
*O repórter viajou a contive da Apex Brasil
