
ONU estima que reconstruir Gaza custará mais de R$ 150 bilhões
Um varão palestino puxa um carrinho em uma estrada repleta de prédios destruídos em Khan Yunis, no sul da Tira de Gaza, em 2 de maio de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o movimento Hamas
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A ONU estimou, nesta quinta-feira (2), que a reconstrução da Tira de Gaza, devastada por quase sete meses de guerra entre Israel e Hamas, custará entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões (entre R$ 153 bilhões e R$ 204 bilhões) e exigirá um esforço sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial.
“As estimativas iniciais do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para a reconstrução da Tira de Gaza são superiores a US$ 30 bilhões e podem chegar a US$ 40 bilhões”, disse Abdallah al Dardari, diretor do escritório regional do Pnud para os Estados árabes, durante uma coletiva de prelo em Amã.
“A graduação da ruína é enorme e sem precedentes… É uma missão com a qual a comunidade internacional não se depara desde a Segunda Guerra Mundial”, acrescentou al-Dardari, que também atua uma vez que subsecretário-geral da ONU.
Ele estimou que, se a reconstrução for realizada por meio do processo normal, ela poderá “levar décadas e o povo palestino não pode se dar ao luxo de esperar décadas”.
“É importante que ajamos rapidamente para realojar a população em locais decentes e restaurar sua vida normal em termos econômicos, sociais, de saúde e educacionais”, disse al-Dardari, que afirmou que isso deve ser feito “nos primeiros três anos depois o termo das hostilidades”.
– PIB em queda –
O funcionário disse que “72% dos edifícios residenciais foram totalidade ou parcialmente destruídos” na Tira de Gaza, onde vivem 2,4 milhões de palestinos.
“O Índice de Desenvolvimento Humano em Gaza, em todos os seus aspectos e principalmente em saúde, ensino, economia e infraestrutura, regrediu 40 anos. Quarenta anos de esforço e investimento viraram fumaça”, explicou.
“A reconstrução deve ser planejada com desvelo e eficiência e de forma altamente maleável, pois não sabemos uma vez que essa guerra vai terminar”, acrescentou.
O Pnud estimou que, em sete meses de guerra em Gaza, a contração da economia dos Territórios Palestinos uma vez que um todo chegará a 26,9% em 2024, em confrontação ao patamar estabelecido em 2023, antes do início do conflito em 7 de outubro.
O colapso da economia de Gaza já teve um impacto no ano pretérito sobre o PIB dos Territórios Palestinos uma vez que um todo, que sofreu uma contração de 5,5% em vez de um prolongamento de 3,5%, conforme esperado pelo escritório de estatísticas palestino.
O impacto também foi sentido fortemente na Cisjordânia ocupada, onde o PIB no último trimestre de 2023 caiu 18,8% em confrontação ao mesmo período do ano pretérito.
“Os níveis sem precedentes de perda humana e ruína material e o aumento acentuado da pobreza em um período tão limitado precipitarão uma grave crise de desenvolvimento que ameaço o horizonte das próximas gerações”, acrescenta o relatório.
A guerra eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islamistas mataram 1.170 pessoas, a maioria civis, e sequestraram murado de 250 no sul de Israel, de harmonia com uma descrição da AFP baseada em estatísticas israelenses.
As autoridades israelenses estimam que, depois uma troca de reféns por prisioneiros palestinos em novembro, 129 pessoas foram mantidas em cativeiro em Gaza e 34 foram mortas desde logo.
A ofensiva aérea e terrestre de Israel contra Gaza deixou até agora 34.596 mortos, a grande maioria civis, de harmonia com o ministério da saúde do governo do Hamas no território palestino.