
Pague Menos faz digestão da Extrafarma e registra lucro de R$ 54 milhões no 3º tri
A Pague Menos reverteu o prejuízo líquido de R$ 0,4 milhão registrado um ano antes e chegou a um lucro de R$ 54 milhões no terceiro trimestre, mostrando que reencontrou a rota de propagação depois de um período de digestão difícil da Extrafarma.
De julho a setembro, as vendas aceleraram e o grupo voltou a lucrar market share (retomou o patamar de 20% de participação de mercado no Nordeste), fazendo valer o universo de mais de 1.600 lojas — que colocou a Pague Menos uma vez que segunda maior varejista farmacêutica do país, detrás exclusivamente da RD Saúde, dona de Raia e Drogasil. No período, a receita líquida cresceu 13,6%, para R$ 3,27 bilhões.
O Ebitda ajustado totalizou R$ 190,7 milhões, crescendo 32,6% na conferência com o mesmo período do ano anterior. Com isso, a companhia atingiu margem Ebitda de 5,4%, recorde histórico de rentabilidade operacional para um terceiro trimestre do ano. Já o propagação mesmas lojas (SSS) foi de 13,6%, com lojas maduras aumentando quase o triplo da inflação do período, chegando a 12,7%.
Com baixíssima liquidez, a governo da companhia considera, sim, fazer uma oferta de ações. Mas com um envolvente macroeconômico desfavorável para o mercado de capitais, isso é um projecto para o horizonte, explica o CFO, Luiz Novais.
Agora, o foco é continuar reduzindo sua alavancagem financeira e conquistar o restante dos ganhos de sinergia esperados com Extrafarma. No terceiro trimestre a relação de dívida líquida mais antecipação de recebíveis sobre Ebitda passou de 3,8 vezes para 2,8 vezes.
Quando a companhia cearense anunciou, em maio de 2021, a obtenção da rede de farmácias que pertencia ao grupo Ultra, a notícia foi celebrada pelo mercado. Mas a rápida escalada dos juros no país fizeram a tese de investimento da companhia ser colocada em xeque.
“Depois que os juros começaram a subir, muitos investidores e analistas questionaram se tínhamos convencionado em fazer a obtenção da Extrafarma, mas hoje é uma companhia super saudável”, diz Novais. Ao término do terceiro trimestre, a companhia capturou R$ 234 milhões em sinergias, murado de 90% do nível supremo previsto de ganhos. A projeção de sinergias foi atualizada em agosto para um pausa entre R$ 195 milhões a R$ 260 milhões a serem capturadas até o término deste ano.
Foi um trabalho intenso para chegar à uma margem Ebitda de 6% para o que eram as lojas da Extrafarma. Havia um problema de estoque maior do que o previsto à idade da compra, o que exigiu investimento extra de R$ 60 milhões (num totalidade de R$ 180 milhões) para reduzir ruptura nas unidades, além do fechamento de lojas deficitárias. Das 391 lojas compradas, 41 foram fechadas.
Grande secção vem sendo convertida para a bandeira Pague Menos, explica Novais. Até o final do trimestre, 111 lojas da Extrafarma foram convertidas em Pague Menos. Atualmente, a marca Extrafarma segue presente exclusivamente nos estados do Amapá, Pará, Maranhão e Ceará, onde a marca ainda tinha força.
Hoje, as lojas que pertenciam à Extrafarma já têm venda média de R$ 600 milénio por unidade, muito perto dos R$ 700 milénio de cada Loja Pague Menos e 50% supra do que registravam à idade da obtenção. A Pague Menos concentrou esforços na reforma de lojas. Foram 500 unidades reformadas ao longo de 2024, um investimento muito subalterno ao de exórdio de novas lojas. “Isso com certeza está refletindo em incremento de faturamento”, diz o CFO.
Enquanto dá novidade face às lojas, a companhia tirou o pé das inaugurações. No ano foram exclusivamente 30 inaugurações. “Em 2025 vai ser um número maior do que esse. Mas ainda vai ser um número pequeno, porque a gente continua concentrado a companhia em desalavancar e ainda tem muito valor para extrair das 1.650 lojas que a gente tem.”
De concórdia com o CFO, os testes de conversão de lojas nesses locais estão sendo feitos de forma paulatina, com resultados positivos. “Porquê havia problema de ruptura nas lojas, muitos clientes deixavam de ir por ainda ser Extrafarma e já percebemos diferenças com a mudança de bandeira”, diz.
Ao longo deste ano, porém, o trabalho foi de ajustar o fluxo de caixa. A empresa conseguiu chegar a 51 dias de ciclo de caixa, diminuindo em quase R$ 300 milhões os estoques sem prejudicar o provisão, diz Novais. “Portanto esses R$ 300 milhões foram destinados para diminuir o endividamento e nosso dispêndio de dívida. Esse é o nosso foco agora.”
A ação da Pague Menos fechou o pregão destaq segunda-feira, 04, negociada a R$ 3,09, uma subida de mais de 9%. No ano, porém, acumula perda de 18,90%.