Iowa pode mudar o resultado da eleição nos EUA? Entenda

No sábado, 3, uma pesquisa no estado de Iowa mostrou Kamala Harris três pontos primeiro de Donald Trump. O resultado surpreendeu porque Iowa era considerado um estado onde Trump já teria vitória garantida, e o progressão da democrata pode indicar mais mudanças em outros estados.

O estudo foi feito pelo jornal Des Moines Register e pelo instituto Selzer. Ao ouvir 808 eleitores entre os dias 28 e 31 de outubro, a pesquisa apontou que Kamala tem 47% de preferência, contra 44% de Trump.

A diferença está dentro da margem de erro, de três pontos percentuais. Mesmo sem considerar a margem de erro, o estudo mostra um progressão da democrata. Em setembro, Trump tinha quatro pontos de vantagem.

“Essa é uma pesquisa que surpreende bastante. Não somente pelo resultado que coloca Iowa em disputa a essa profundidade mas pela tradição que essa publicação tem naquele estado”, diz Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington e exegeta do programa O Caminho para a Mansão Branca.

A pesquisa chamou a atenção por mostrar Kamala com mais de 20 pontos de vantagem entre mulheres brancas, além de 19 pontos de vantagem com os eleitores com mais de 65 anos, dois públicos nos quais Trump tinha força.

Outras pesquisas feitas no estado ainda mostram Trump primeiro. Um levantamento do Emerson College, nos dias 1 e 2 de novembro, aponta 54% de escora para Trump e 45% para Kamala.

A campanha de Trump, em memorando interno, questionou a pesquisa do Des Moines e disse que ela não revelou dados sobre a afiliação partidária dos entrevistados e disse que a pesquisa do Emerson College é mais confiavel.

Em uma postagem na rede Truth Social, Trump disse que a pesquisa que o mostrou detrás de Kamala era tendenciosa e que ele estaria muito primeiro da rival no estado.

O peso de Iowa

Iowa, um estado no meio-oeste do país, tem 6 dos 538 votos no Escola Eleitoral, em uma disputa que deverá ser feita voto a voto.

Uma projeção do site 270towin aponta que Kamala teria assegurados ao menos 226 votos no Escola eleitoral, dos 270 necessários para vencer. Já Trump estaria com 219, ao considerar Iowa porquê uma provável vitória republicana.

Trump venceu em Iowa em 2016 e 2020, por boas margens, o que fez analistas considerarem o estado porquê solidamente republicano neste ano. No entanto, Barack Obama venceu ali em 2008 e em 2012.

Há 93 votos considerados em disputa no Escola Eleitoral, que são a soma dos delegados em jogo nos swing states, os estados decisivos desta eleição, onde não é provável prever quem ganhará neste ano. São eles: Arizona, Nevada, Geórgia, Carolina do Setentrião, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

Quantos delegados cada swing state tem:

Arizona – 11
Nevada – 6
Geórgia – 16
Carolina do Setentrião – 16
Pensilvânia – 19
Michigan – 15
Wisconsin -10

Assim, caso Kamala vença em Iowa, ela teria mais seis votos, o mesmo que se conquistasse Nevada, um dos estados que mais receberam eventos de campanha dela neste ano.

As pesquisas mostram empate técnico em todos os sete swing states, o que torna praticamente impossível prever o resultado, mesmo a um dia da votação. O protótipo de projeção da Economist aponta 50% de chances para cada um vencer.

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