Após unir custo de vida e pagamentos, Natura se torna embaixadora do Movimento Salário Digno

A trabalhador de cosméticos Natureza acaba de se tornar embaixadora do Movimento Salário Digno, promovido pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil. A iniciativa procura engajar empresas a discutir o tema e prometer que mais instituições atuem para promover a remuneração justa de seus funcionários.

O tema se distingue do salário-mínimo, valor instituído pelos governos federalista e estadual para definir a base da remuneração. Segundo a estratégia da Natureza, esse valor não abarca a totalidade dos serviços básicos — uma vez que sustento, chuva, moradia, saúde, transporte, lazer e vestuário, além de uma suplente para emergências.

Em entrevista à EXAME, Paula Benevides, vice-presidente de Pessoas da companhia, conta que iniciativa iniciou a partir de uma reflexão sobre o acréscimo na qualidade de vida que uma remuneração digna pode provocar no colaborador. “Partimos do pressuposto de que a renda digna é a porta de ingresso para a manutenção de diversos direitos básicos”, afirma.

A iniciativa começou a partir de 2020, quando a Natureza instaurou a Visão 2030, sua estratégia de compromissos públicos baseados em metas de sustentabilidade e ESG. A companhia utiliza uma vez que métrica pesquisas da Wage Indicator Foundation, instituto europeu de pesquisas que avalia as diferenças no dispêndio de vida entre as regiões do Brasil e da América Latina e as desigualdades econômicas de cada sítio.

“Fazemos o séquito trimestral, já que os contextos podem mudar muito em um ano. Os dados são fornecidos por consultorias e levam em consideração o tamanho da família típica, a taxa de natalidade e a empregabilidade sítio”, conta.

Salário digno X Salário-mínimo

No início de 2024, a companhia anunciou que alcançou a meta de implementar o salário digno para todos os seus trabalhadores na América Latina, mas para Benevides, o repto não termina por aí.

A companhia ainda atua para manter a remuneração digna, além de replicar o compromisso entre mais empresas. “Entramos na temporada de prometer e manter isso uma vez que premissa em nossos modelos de gestão. Queremos ser humanos e ter a perspectiva do salário digno uma vez que uma meta pública e explícita, assim uma vez que temos metas de inconstância, justiça e inclusão”, explica.

Para a Natureza, não é somente um mecanismo de gestão interna: a companhia quer assumir o tema uma vez que um compromisso público em seus relatórios. A função de embaixadora desse Movimento surge uma vez que uma forma de engajar o mercado brasílico nessa temática, ainda esquecida nas atuações de inconstância.

“Hoje, são 37 empresas signatárias no Pacto Global no Brasil. Esse número é muito pequeno, e isso não é plausível. Temos a sede de implementar também o salário digno para as operações e terceirizadas”, explica a vice-presidente.

Paula conta que além do privilégio e da honra de entrar uma vez que embaixadora dessa iniciativa, é uma tarefa de movimentar as empresas para atuarem de forma mais voltada ao “S”, de “social”, do ESG, de forma mais ativa. “Se cada empresa conseguir movimentar sua calabouço de suprimentos e stakeholders, o processo já será apressurado”, conta.

Justiça salarial

A companhia implementou uma estratégia parecida ao pensar nas consultoras de venustidade, mulheres que trabalham com a revenda dos produtos Natureza dentro dos bairros. “Nosso objetivo é aumentar o Índice de Desenvolvimento Humano das consultoras em 10%, o que é um impacto mensurável em sua qualidade de vida e a garantia de uma renda digna”, aponta.

A justiça nas remunerações não foi a única conquista da Natureza quanto aos salários recentemente. Em 2022, a companhia acabou com a desigualdade salarial baseada em gênero e reduziu as diferenças brutas de pagamentos entre os países latinos.

Para Benevides, as novas políticas de remuneração aproximam ainda mais a companhia da procura pela justiça e o término dos vieses. “Se existe um viés, ele interfere. Prometer um salário justo, independentemente de gênero, raça ou origem, é fundamental para uma perspectiva neutra e isenta, que respeite o tipo”, explica.

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