Câmara Municipal do RJ reconhece Bossa Nova como Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial da cidade

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, nesta terça-feira, a derrubada do veto do Poder Executivo, garantindo a promulgação da lei que reconhece a Bossa Novidade porquê Patrimônio Histórico e Cultural Intáctil da Cidade do Rio. O gênero músico, que surgiu na Zona Sul da cidade no final da dezena de 1950, é frequentemente a primeira referência sobre a capital carioca e o Brasil para muitos estrangeiros.

O estilo, que teve porquê principais expoentes o estilo de vida dos cariocas Tom Jobim e Vinícius de Moraes, ganhou o mundo com a icônica música “Pequena de Ipanema”, que continua a influenciar artistas internacionalmente.

“A Bossa Novidade é uma referência mundial do Brasil e do Rio de Janeiro. É mais do que um patrimônio. Quem nunca se encantou ou se emocionou com os versos de Tom e Vinicius? Foi um movimento músico que fez história e está marcado para sempre na psique de todo o carioca”, declarou Carlo Caiado (PSD), presidente da Câmara dos Vereadores e um dos autores do projeto.

Em 2007, a prefeitura já havia decretado o tombamento da Bossa Novidade porquê patrimônio histórico cultural de natureza impalpável. Naquela ocasião, o prefeito era Cesar Maia, que hoje é um dos vereadores responsáveis pelo atual projeto legislativo.

Depois a recente aprovação da PL pela Câmara, o prefeito Eduardo Paes vetou o texto, alegando que o legislativo “invadiu uma espaço que não lhe compete”, violando a separação dos poderes. Segundo Paes, o reconhecimento de um Muito Cultural de Natureza Intáctil é uma regalia exclusiva do Poder Executivo, não cabendo ao Legislativo realizar tal ação por meio de lei.

No entanto, o veto de Paes foi derrubado pela Câmara, e agora o projeto dos vereadores deverá ser promulgado.

Gênero músico nasceu de encontros casuais

A Bossa Novidade nasceu de encontros casuais entre jovens músicos cariocas em apartamentos dos bairros de Copacabana e Ipanema, com um dos principais pontos de reunião sendo a morada de Nara Leão. Em 1957, compositores porquê Billy Blanco, Carlos Lyra e Roberto Menescal já se encontravam regularmente para imaginar.

O movimento se apresentou ao público pela primeira vez em 1958, no show improvisado “Sylvinha Telles e um grupo bossa-nova”. No entanto, foi em 1959 que a Bossa Novidade consolidou-se, com o lançamento de “Chega de Saudade”, uma elaboração de Tom Jobim e Vinícius de Moraes que deu nome ao primeiro LP de João Gilberto.

O sucesso entre jovens universitários rapidamente se espalhou, e a popularidade do gênero alcançou todo o país e o mundo nos anos 1960. A Bossa Novidade carioca, representada também por nomes porquê Edu Lobo, Marcos Valle, Eumir Deodato, Wanda Sá, Francis Hime e Dorival Caymmi, tornou-se um símbolo cultural do Brasil.