
Trump lidera em 3 estados-chave e Kamala em 2, mas na margem de erro, dizem pesquisas EXAME/Ideia
A disputa pela Presidência dos Estados Unidos chega à reta final em situação muito acirrada. Nos sete estados-chave, Donald Trump e Kamala Harris estão em situação de empate técnico, mostram pesquisas exclusivas feitas pelo instituto Teoria e divulgadas pela EXAME nos últimos dias.
Trump lidera em três estados, Arizona, Nevada e Geórgia. Já Kamala está na frente em Michigan e Wisconsin. Em todos os casos, a vantagem dos dois está dentro da margem de erro. Em outros dois estados, Pensilvânia e Carolina do Setentrião, há empate completo.
A eleição será concluída na terça-feira, 5 de novembro. Quase todos os estados possuem votação antecipada, e mais de 72 milhões de eleitores já haviam entregue seus votos até a manhã deste domingo, 3.
Veja os números inferior e clique no nome de cada estado para ver a reportagem completa de cada um deles:
- Nevada: Trump 48%, Kamala 47%
- Arizona: Trump 48%, Kamala 47%
- Geórgia: Trump 49%, Kamala 46%
- Carolina do Setentrião: empate (47% para cada)
- Michigan: Kamala 48%, Trump 46%
- Wisconsin: Kamala 48%, Trump 47%
- Pensilvânia: empate (48% para cada)
“Em uma das disputas mais apertadas da história, as pesquisas estaduais ajudam a melhor compreeender o quadro eleitoral, já que o resultado do voto popular vernáculo na prática não tem influência. O que importa para definir o vencedor são os 93 votos dos delegados que representarão a decisão dos eleitores dos sete estados chamados pêndulo”, diz Cila Schulman, CEO do Instituto Teoria.
A metodologia usada pelo Teoria neste levantamento foi a URA (Unidade de Resposta Audível), por telefone, com um número de eleitores representativo de cada um destes estados. A pesquisa foi feita com 90% de telefones celulares e 10% de fixos, com 3% de margem de erro e uma margem de crédito de 95%
“Além de resultados gerais, teremos recortes dos eleitores por sexo, idade, escolaridade, renda, raça e lugar de moradia (urbano, suburbano ou rústico), além de preferência partidária, questões que certamente ajudarão a entender o comportamento do eleitorado de cada um destes estados nesta reta final”, diz Schulman. “É importante termos uma leitura própria em um contexto tão apertado”.
Por que os swing states importam?
No sistema eleitoral americano, a votação é indireta. Assim, o voto popular não escolhe o novo presidente, mas sim o Escola Eleitoral. O candidato que vence em um estado conquista todos os votos dos delegados daquele estado no Escola Eleitoral (a regra vale em 48 dos 50 estados). Assim, a disputa presidencial é feita estado a estado.
Na maioria dos 50 estados, as pesquisas já indicam um vencedor simples. No entanto, em sete deles, chamados de estados decisivos (Swing States, em inglês), a disputa está em desimpedido, e será preciso vencer ali para ocupar a Presidência.
Veja inferior quantos delegados cada estado possui:
A EXAME faz uma cobertura extensa das eleições americanas desde janeiro, quando foi lançado o programa O Caminho para a Mansão Branca, disponível no YouTube e no Spotify. A equipe da EXAME também esteve presente nas convenções dos partidos, em julho e agosto, e fez reportagens em estados-chave para a disputa, porquê Wisconsin, Michigan e Pensilvânia.
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