Flamengo recebe a chave do terreno do Gasômetro para construir estádio

O Flamengo recebeu nesta quinta-feira, 3, a chave do terreno do Gasômetro, sítio onde será construído o novo estádio do clube. A entrega foi feita de forma simbólica, em encontro que reuniu o presidente Rodolfo Landim, o presidente da República, Lula e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

O terreno foi adquirido pelo Flamengo em leilão durante o mês de julho, no valor de R$ 138,1 milhões, mas desde portanto vinha passando por imbróglios jurídicos em torno da posse definitiva envolvendo o clube carioca.

Na nota divulgada pelo Flamengo ainda em meados deste ano, quando a Prefeitura do Rio de Janeiro decretou em publicação no Quotidiano Solene a desapropriação do Gasômetro, terreno da Caixa Econômica Federalista, para a construção do estádio, os dizeres da nota divulgada pelo rubro-negro foram exatamente de encontro ao que acham os especialistas em gestão, marketing e de arenas esportivas. O clube destaca, por exemplo, a capacidade de ajudar na revitalização e valorização da extensão, entregando ao Rio um “novo e moderno espaço, tanto de entretenimento quanto mercantil.”

“A modernização da construção social nos permite lastrar os ambientes urbanos com as necessidades da população. Não adianta realizar um projeto sensacional se ele não terá utilidade a longo prazo. Por isso, o grande duelo para clubes brasileiros, e do mundo todo, é a partir de agora narrar com ações sustentáveis. É um caminho irreversível e inevitável para o mundo dos negócios. Quanto maior a consciência da mudança, melhor será a imagem da empresa junto aos seus clientes e sociedade”, opina Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia, maior empresa da América Latina especializada em overlays.

Outrossim, reitera que o projeto do clube prevê um “enorme investimento financeiro”. “Ter a própria Redondel proporciona ao clube autonomia para planejar a melhor estratégia congénere de potencializar as receitas através da utilização da estrutura 365 dias por ano. O Flamengo, time de maior torcida do país, possuí uma grande oportunidade. É importante planejar muito antes, seguir os melhores benchmarks do mercado”, aponta Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e perito em marketing esportivo.

Um ponto engrandecido por especialistas é o retorno que o clube vai ter também na captação de novos parceiros comerciais envolvendo os camarotes, com enorme capacidade de novas receitas e de relacionamento com clientes.

“O Flamengo, ao erigir o seu estádio, abre uma série de oportunidades. Não somente pela valorização da região e do seu entorno, mas também trazendo uma gama de benefícios porquê o aumento do turismo, novas possibilidades de ocupação, entre outras vantagens. Para o setor dos camarotes e do entretenimento esportivo, também é uma janela importante que se abre, enfim, será um espaço único e diferenciado, no qual poderemos explorar diversas alternativas de proporcionar grandes experiências aos torcedores”, comenta Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que conta com camarotes nos principais estádios do Brasil.

Pensando pelo lado da construção porquê um todo, Sergio Schildt, presidente da Recoma, empresa brasileira especializada em infraestrutura esportiva, entende que “não é só um simples estádio, mas todo um empreendimento que envolve também coisas de interesse da sociedade em universal”. Ele complementa: “É um empreendimento que vai marcar a cidade do Rio de Janeiro, atraindo turismo esportivo, gerando negócios, ocupação, e ainda por cima criando condições para que o Flamengo se equipare a outros grandes clubes nacionais que têm a sua própria vivenda. Esse sentimento de pertencimento é fundamental para um clube com a dimensão do Flamengo“.

Já Renê Salviano, CEO da Heatmap e perito em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas em estádios de futebol, porquê o Mineirão, uma novidade estádio precisa ser pensada, de forma estratégica, porquê um espaço de entretenimento completo. “Gerir um espaço desses não é tarefa fácil, envolve um planejamento e gestão feitas com profissionais muito competentes, mesmo sabendo do gigantismo da marca Flamengo. Ter um estádio próprio sempre foi sonho de todas as torcidas que ainda não possuem, mas é importante fazer estudos mínimos porquê: Quais são as arenas brasileiras que geram lucros? A partir daí, percebemos que não é uma tarefa tão simples porquê parece”, explica.

Para Reginaldo Diniz, CEO e sócio-fundador da End to End, empresa que conecta o torcedor à sua paixão e é um hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo o Rio de Janeiro possui um ativo incomparável quando o tópico é turismo.

“É uma das cidades mais conhecidas do mundo e não resta incerteza que vai proporcionar, tanto para a cidade quanto para o próprio clube, obviamente, mais uma espetacular nascente de renda, porquê palco dos jogos ou mais uma oportunidade de geração de receitas através do entretenimento. Já temos o Nilton Santos, que já é a segunda estádio mais frequentada do país, ainda veremos a modernização de São Januário, e zero poderá tirar o glamour e a prestígio do Maracanã, desde que continue muito gerido e sendo um espaço melhor explorado diariamente. Concorrência é boa, inclusive para as arenas”, aponta.

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