
Você escuta algumas dessas 30 frases com frequência? Cuidado, elas podem desencadear um burnout
Você já passou por alguma situação de constrangimento no trabalho? Se sim, desvelo! Esse é um dos caminhos que podem te levar ao burnout. Segundo Luciana Veloso Baruki, auditora em fiscalizações de assédio no Ministério do Trabalho, advogada e médica pós-graduanda em saúde mental e psiquiatria, existem algumas práticas no envolvente corporativo que podem suscitar constrangimento, ser caracterizadas porquê assédio e levar o funcionário ao famoso “apagão”
- Isolamento ou Exclusão Social: A pessoa é isolada dos colegas, deixada de fora de reuniões, conversas importantes, ou atividades de grupo, o que gera sentimento de repudiação e exclusão.
- Desqualificação Profissional: Críticas constantes e injustificadas ao trabalho exercido, questiomentos sobre as habilidades e competências de forma depreciativa, frequentemente na frente de outros colegas.
- Imposição de Tarefas Degradantes ou Inúteis: Atribuição de tarefas humilhantes ou inferior da qualificação que a pessoa possui, ou exigir a realização de atividades sem sentido ou impossíveis de serem cumpridas.
- Sobrecarga de Trabalho: Imposição de um volume de trabalho excessivo ou prazos irreais porquê forma de pressionar e desestabilizar emocionalmente o empregado.
- Retirada de Responsabilidades: Reduzir ou expelir as responsabilidades do empregado, dando a entender que ele é incompetente ou inútil para a organização.
Violência Verbal: Gritos, insultos, apelidos pejorativos, ou qualquer forma de informação que humilhe ou intimide o empregado.
Ameaças ou Intimidações: Ameaças constantes de exoneração, de não renovação de contrato, ou de rebaixamento de função, muitas vezes usadas porquê forma de manipulação e controle. - Controle Excessivo e Monitoramento (Hipervigilância e Micromanagement): Supervisão exagerada e permanente, incluindo controle do tempo de trabalho, do horário de pausa, ou vigilância invasiva, muitas vezes com o intuito de desestabilizar psicologicamente o empregado.
- Humilhações Públicas: Situações em que o empregado é humilhado na frente de outros colegas ou superiores, incluindo repreensões públicas ou exposição desnecessária de erros.
- Retenção de Informações: O empregado é deliberadamente privado de informações importantes para a realização de suas tarefas, o que pode prejudicar seu desempenho e fabricar situações de fracasso.
Quando uma pessoa está enfrentando um envolvente de trabalho tóxico, onde há diferentes formas de humilhação, a primeira ação recomendada é buscar escora emocional, afirma Baruki.
“Esse escora pode vir de um colega de trabalho, um colega, ou, idealmente, de um profissional qualificado, porquê um psicólogo”, diz a médica. “É importante que a pessoa se sinta validada em sua percepção de estar sofrendo assédio, porque o reconhecimento do problema é o primeiro passo para enfrentar a situação.”
As 30 frases que podem te levar ao burnout
Algumas frases, segundo Baruki, podem desencadear o burnout, uma vez que são frases relacionadas à pressão excessiva e ritmo de trabalho intenso ou que desestimulam o sota adequado e a recuperação, fatores críticos para prevenir o esgotamento. Veja alguns exemplos:
Esforço, ritmo e dedicação
- “Você realmente acha que está dando o seu melhor?”
- “Eu esperava mais de alguém com a sua experiência.”
- “Você deveria aprender a ser mais eficiente.”
- “Você é sempre tão lento, isso está afetando o ritmo da equipe.”
- “Não há espaço para mimimi cá, todo mundo tem que dar 110%.”
- “Talvez você devesse se esforçar mais para se enturmar com os clientes… quem sabe assim não vai performar melhor?”
- “Eu sei que as mulheres são mais detalhistas, mas precisamos de mais rapidez.”
- “Não sei se esse projeto é para você, é bastante reptador.”
Longas jornadas, disponibilidade e desconexão
- “Eu sei que você tem filhos, mas precisamos de alguém comprometido.”
- “Se você não conseguir entregar, encontraremos alguém que dê conta do recado.”
- “Não há tempo para pausas, temos prazos a executar.”
- “Todo mundo cá faz hora extra, por que você não pode?”
- “Para ter sucesso cá, você precisa estar disponível 24/7.”
- “Quanto tempo você levou para almoçar?”
Ameaças e vexação hierárquica
- “Você deveria se sentir sortudo por ter um ofício.”
- “Eu não me importo o que custará, quero os resultados.”
- “Talvez você esteja no ofício incorrecto se não consegue mourejar com isso.”
- “Você sempre precisa de alguém para te orientar, isso é preocupante.”
- “Se você não aguenta a pressão, talvez esse não seja o lugar para você.”
- “Quem manda cá sou eu.”
- “Você não é pago para pensar, unicamente para executar.”
- “Eu não tenho tempo para discutir, unicamente faça o que eu pedi.”
- “Se você não quiser fazer, alguém mais competente o fará.”
- “Você acha que pode fazer isso melhor do que eu?”
Reconhecimento, desqualificação e falta de escora
- “Não fez mais do que a sua obrigação.”
- “Ninguém mais tem problemas com isso, só você.”
- “Sua opinião não importa, unicamente faça o que foi pedido.”
- “Por que você não é mais porquê Fulano? Ele sempre entrega.”
- “Não adianta reclamar, as coisas são porquê são.”
- “Você está sempre tão defensivo, por que será?”
Essas frases, segundo Baruki, exemplificam comportamentos e atitudes que geram estresse crônico, sentimentos de inadequação, desvalorização e sobrecarga emocional e física no envolvente de trabalho.
“Quando uma pessoa é continuamente exposta a esse tipo de informação, as consequências para a sua saúde mental podem ser graves, levando ao desenvolvimento do burnout e outras doenças mentais”, afirma.
O assédio moral que antes era mais realizado com gritos e xingamentos, hoje no mundo corporativo está sendo realizado muito por meio das microagressões, pelo microgerenciamento e pelos comentários passivo-agressivos, afirma Baruki.
“Frases porquê ‘Por que você não entrega porquê fulano?’ criam um envolvente onde as pessoas se sentem continuamente criticadas, desvalorizadas, desqualificadas em suas necessidades, levando à redução da autoconfiança e aumento do estresse”.
Essas frases costumam ocorrer em ambientes de trabalho onde o estresse, a impaciência e a sensação de inadequação são constantes, afirma Baruki.
“Mourejar com a discriminação no lugar de trabalho é uma das experiências mais desafiadoras que uma pessoa pode enfrentar”, diz.
“É crucial que as organizações reconheçam esses comportamentos e trabalhem para fabricar ambientes de trabalho mais saudáveis, inclusivos e sustentáveis, oferecendo o escora necessário para aqueles que são afetados”, afirma Baruki.