PIB cresce 1,4% no segundo trimestre, puxado por indústria e serviços

Sophia Bernardes

PIB do Brasil

No segundo trimestre de 2024, o  Resultado Interno Bruto (PIB)
do país cresceu 1,4% frente ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. As altas nos Serviços (1,0%) e na Indústria (1,8%) contribuíram para essa taxa positiva, ainda que a Agropecuária tenha recuado 2,3% no período. Pela ótica da demanda, na mesma verificação, houve altas nos três componentes: o Consumo das Famílias e o Consumo do Governo cresceram à mesma taxa (1,3%, ambos) e a Formação Bruta de Capital Fixo subiu 2,1%. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no trimestre.

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, observa que “com o termo do protagonismo da Agropecuária, a Indústria se destacou nesse trimestre, em peculiar na Eletricidade e gás, chuva, esgoto, atividades de gestão de resíduos e na Construção”.

Na estudo do PIB pela ótica da demanda interna, os três componentes (Consumo das Famílias e do Governo e a Formação Bruta de Capital Fixo) cresceram nas três comparações, incentivados pelas condições do mercado de trabalho, pelos juros mais baixos e pelo crédito disponível, entre outros fatores.

Segundo Rebeca, contribuíram, ainda, para a performance dos componentes da demanda, “a subida dos investimentos, beneficiados pelo prolongamento da importação e a produção pátrio de bens de capital, o desempenho da construção e, também, o desenvolvimento de software. Aliás, ao contrário do ano pretérito, o setor extrínseco tem contribuído negativamente para o prolongamento da economia”.

Frente ao mesmo trimestre de 2023, PIB cresce 3,3%

Em relação ao segundo trimestre do ano pretérito, o PIB cresceu 3,3% e foi escoltado, mais uma vez, pelos Serviços (3,5%) e pela Indústria (3,9%), enquanto a Agropecuária mostrou recuo de 2,9%.

Todos os setores dos Serviços tiveram taxas positivas nessa verificação, com destaque para Informação e notícia (6,1%), Outras atividades de serviços (4,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,0%), Negócio (4,0%) e Atividades imobiliárias (3,7%).

A subida de 3,9% na Indústria foi impulsionada pelo setor de Eletricidade e gás, chuva, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que subiu 8,5% perante o mesmo trimestre de 2023. Para Rebeca, “o maior consumo de eletricidade, principalmente nas residências, e a manutenção da bandeira tarifária virente ajudaram o setor. Aliás, a Construção cresceu 4,4%, as Indústrias de Transformação tiveram sua segunda subida consecutiva (3,6%) e as Indústrias Extrativas cresceram 1,0%”.

Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, as condições climáticas adversas ocasionaram um recuo na produção esperada de soja e milho, apesar do bom desemprenho da pecuária e de outras culturas importantes, porquê o moca e o algodão. Isso fez com que a Agropecuária recuasse nas comparações com e sem ajuste sazonal, e acumulasse variação nula (0,0%) nos últimos 12 meses.

Taxa de investimento sobe e taxa de poupança recua

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2024 foi de 16,8% do PIB, supra dos 16,4% registrados no segundo trimestre de 2023. Já a taxa de poupança recuou 16,0%, inferior dos 16,8% do mesmo trimestre de 2023. Rebeca explica que “a taxa de investimento foi beneficiada principalmente pelo prolongamento superior, em volume, da Formação Bruta de Capital Fixo em relação ao PIB”.

PIB acumula subida de 2,5% em quatro trimestres

O PIB amontoado nos quatro trimestres terminados em março de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, cresceu 2,5%. Nessa verificação, houve altas na Indústria (2,6%) e nos Serviços (2,6%) e segurança na Agropecuária (0%). Mais uma vez, todas as atividades do setor de Serviços mostraram taxas positivas nessa verificação, enquanto as altas mais destacadas na indústria foram de Eletricidade e gás, chuva, esgoto, atividades de gestão de resíduos (7,3%) e das Indústrias Extrativas (6,2%).

Pela ótica da demanda interna, a Despesa de Consumo das Famílias (3,7%) e na Despesa de Consumo do Governo (2,4%) mostraram taxas positivas. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (-0,9%) recuou nessa verificação pelo quarto trimestre seguido.

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