RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Robert F. Kennedy Jr., indicado pelo presidente eleito Donald Trump para o função de secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, prometeu reformular a Governo de Mantimentos e Medicamentos (FDA), espécie de Anvisa americana. O pregão foi feito pouco antes de sua nomeação e coloca o ativista ambiental em rota de colisão com a indústria farmacêutica, que financia uma parcela significativa do orçamento do órgão regulador.

Caso confirmado no função, Kennedy terá domínio sobre agências responsáveis pela saúde pública, programas de seguro saúde governamentais que atendem mais de 140 milhões de pessoas, além de pesquisas médicas. Sua sátira mais contundente é direcionada ao FDA, órgão que regula medicamentos, provisões e produtos de tabaco com impacto estimado de quase US$ 3 trilhões.

Críticas ao FDA e impacto no mercado

Conforme informado pela filial Reuters, Kennedy acusa o FDA de ser influenciado por interesses corporativos, mormente das indústrias farmacêutica e alimentícia. “A guerra do FDA contra a saúde pública está prestes a terminar”, afirmou ele em publicação na plataforma X, alertando funcionários do órgão para preservarem registros e se prepararem para mudanças.

A reação foi imediata no mercado financeiro. Ações de fabricantes de vacinas uma vez que Pfizer e Moderna caíram até 2% em seguida a notícia da nomeação. Em nota, a Pharmaceutical Research and Manufacturers of America, principal grupo de lobby do setor, afirmou estar disposta a trabalhar com o governo Trump para melhorar a saúde dos pacientes, destacando avanços históricos uma vez que a erradicação da pólio e da varíola por meio de vacinas.

Conflitos de interesse e desafios internos

Del Bigtree, ex-diretor de informação da campanha de Kennedy, afirmou que haverá maior transparência na revisão de possíveis conflitos de interesse de funcionários do FDA. “Haverá um processo de avaliação detalhado. Tudo será tornado público”, declarou.

Kennedy, que concorreu à presidência uma vez que independente antes de desistir em agosto e estribar Trump, enfrenta desafios para implementar suas propostas. Isso exigiria mudanças nas proteções legais de funcionários federais contra demissões arbitrárias. Ou por outra, 46% do orçamento de US$ 7,2 bilhões da FDA em 2024 provém de taxas pagas por fabricantes de medicamentos e dispositivos médicos, recursos que, segundo a filial, não influenciam suas decisões regulatórias.

Expectativas e preocupações

Ainda de consonância com reportagem da Reuters, especialistas do setor têm opiniões divergentes sobre o impacto de Kennedy primeiro do FDA. Dan Troy, ex-conselheiro-chefe do órgão, não prevê mudanças significativas devido à complicação técnica envolvida. Executivos farmacêuticos, uma vez que Pascal Soriot, CEO da AstraZeneca, destacaram a relevância do FDA na aprovação de medicamentos inovadores e reforçaram a valia de manter a credibilidade da filial.

Outros, uma vez que Jeremy Levin, CEO da Ovid Therapeutics, demonstraram preocupação com a posição de Kennedy em relação às vacinas. “Negacionismo de vacinas, um pilar médio da visão de RFK, é talvez um dos maiores riscos à segurança vernáculo”, afirmou Levin.

Enquanto isso, o comissário atual do FDA, Robert Califf, buscou tranquilizar os funcionários em seguida a eleição de Trump. “Haverá mudanças, mas o FDA continuará cumprindo seu papel de proteger o público”, disse em e-mail interno.

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