
Santander eleva recomendação de Bradesco e aposta em crescimento de ROE
O Santander elevou a recomendação de Bradesco (BBDC4) de neutra para compra e definiu um preço-alvo de R$ 19. Nesta quarta-feira, 2, as ações do banco fecharam em subida de 3,72% na bolsa, sendo cotadas por R$ 15,22 cada, nos destaques entre os pares do setor bancário um dia positivo para a bolsa brasileira.
Os analistas do banco apostam em um retorno sobre patrimônio (ROE) de 15% em meados de 2025 e um ROE de 17% na perpetuidade. “Ainda que continuemos acreditando que a era de ROE de 20% do Bradesco ficou para trás, os trimestres recentes indicam que a atual estrutura pode entregar um ROE de 15% em meados de 2025.”
Aumento de ROE com projecto estratégico
O verosímil aumento de 200 bps no ROE virá com a implementação do projecto estratégico do Bradesco, quando a redução de custos se tornará mais relevante em 2026.
A principal razão para o Santander confiar na recuperação do Bradesco é que o core business de empréstimos tem impulsionado a expansão de receita, resultando em melhoras sequenciais no ROE em termos trimestrais.
Projeção de prolongamento de lucro por ação
“Nós vemos o NII do cliente crescer 15% ano contra ano em 2025, com o Bradesco agindo de forma mais agressiva e com risco de crédito controlado/plebeu (até agora, em empréstimos pessoais de baixa renda e empréstimos corporativos médios-altos), resultando potencialmente em um prolongamento de lucro por ação de 25% em relação ao ano anterior para 2025. Logo, de 2026 em diante, vemos um prolongamento contínuo.”
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A expectativa de aumento do lucro e melhoria no ROE são vistas uma vez que grandes catalisadores para as ações do Bradesco, com um impacto positivo nos resultados futuros.
O relatório aponta ainda que de convenção com os dados do Bradesco, um aumento de 100 pontos base na taxa Selic poderia impactar negativamente o banco em murado de R$ 1,1 bilhão. No entanto, essa estimativa é para um aumento totalmente inesperado e por um período de um ano. “O Bradesco acredita que o impacto real pode não ser tão relevante”, diz o Santander.