
ETFs de bitcoin perdem R$ 4,3 bilhões e chegam ao 5º dia negativo seguido
O grupo de 11 ETFs de bitcoin negociados nos Estados Unidos chegaram na última terça-feira, 3, a uma sequência de cinco consecutivos de perdas de investimentos. Dados da plataforma SoSo Value apontam que, até o momento, os fundos de bitcoin somam saques de US$ 765 milhões (R$ 4,3 bilhões, na cotação atual).
Os dados indicam ainda que a última terça-feira, 3, teve o maior volume de saques por investidores, resultando em um saldo negativo de mais de US$ 287 milhões. Com as perdas, os ETFs têm reduzido seus ativos sob gestão (AUM, em inglês), mas eles seguem supra dos US$ 50 bilhões.
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Além dos ETFs de bitcoin, os ETFs de ether – que estrearam nos Estados Unidos em julho deste ano – também têm amargado um período de perda de investimentos. Somente na última terça-feira, os saques totalizaram US$ 47,4 milhões, concentrados no fundo da gestora Grayscale.
As perdas refletem um cenário desconforme para o mercado de criptomoedas nos últimos dias, em seguida semanas de lateralidade ou leves perdas em agosto. Agora, temores de uma recessão nos Estados Unidos têm gerado uma aversão a riscos entre os investidores, prejudicando mormente as criptomoedas.
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Nesta quarta-feira, 4, o bitcoin chegou a ser negociado na lar dos US$ 56 milénio, indicando que o quadro negativo para o setor deve se estender nesta semana. Ou por outra, ações de grandes empresas de tecnologia estão em baixa, lideradas pela Nvidia, o que também prejudica o setor.
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Por que o bitcoin está caindo?
Para o exegeta Kristian Haralampiev, a venda de ações da Nvidia é o evento que mais contribui para a saída de investidores dos ETFs da maior criptomoeda do mercado, mas o evento também está ligado aos temores de recessão nos EUA. Em 24 horas, a empresa chegou a perder quase US$ 300 bilhões em valor de mercado.
Segundo Haralampiev, “com a excitação inicial em torno dos ETFs de bitcoin caindo, o bitcoin é cada vez mais visto uma vez que um ativo especulativo – favorecido quando o mercado está possante, mas vulnerável quando as forças macroeconômicas negativas dominam o mercado”.
O exegeta acredita que, além do quadro macroeconômico negativo, o ativo também está sendo prejudicado por uma queda significativa na lucratividade da mineração da criptomoeda, levando mineradores a venderem o ativo e aumentarem a pressão de venda, contribuindo para a desvalorização. Há, chances, porém, que isso resulte em uma queda excessiva do ativo, abrindo margem para uma subida subsequente pelo desconto no preço.
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