Maior franqueado da Chiquinho Sorvetes vendeu casa e carro para empreender. Hoje lucra R$ 12 milhões
A venda de sorvetes de baunilha e chocolate deve levar a Chiquinho Sorvetes ao primeiro bilhão de reais de faturamento em 2024. A rede criada em 1980 em Frutal, no interno de Minas Gerais, conta com 827 lojas espalhadas pelo Brasil. A rede de sorveterias aparece na frente de grandes marcas porquê Kopenhagen, Hering e Havaianas na lista de maiores franquias do país.
O sucesso de uma franqueadora se deve, em boa medida, ao sucesso de seus franqueados. Mário Sérgio da Silva entrou na rede há 11 anos. Depois vender sua lar e sege no Mato Grosso, ele apostou suas fichas na introdução primeira loja da rede no Pará. Hoje ele é o maior franqueado da rede com 25 unidades e master franqueado de Pernambuco. A expectativa é fechar o ano com faturamento de R$ 38 milhões e lucro de R$ 12 milhões, subida de 30% em relação ao ano anterior.
Porquê o empreendedor começou
Maior franqueado da Chiquinho Sorvetes, Mário Sérgio da Silva, visitou várias cidades nos últimos dias para ver de perto algumas de suas 25 lojas. Cinco unidades devem ser inauguradas até dezembro. “Estamos preparando as equipes para o verão, queremos vendas recordes”, diz.
Engenheiro agrônomo e professor de matemática, Mário decidiu vender tudo que tinha em 2013 para empreender. Com numerário da lar e sege em mãos, deu adeus a cidade de Sorriso, no Mato Grosso, onde morava, e investiu muro de R$ 520.000 na sua primeira loja em Parauapebas, no Pará. “Eu já tinha visitado parentes da minha esposa na região e sabia que eles eram carentes de franquias, apesar do consumo ser poderoso”, diz.
A teoria de penetrar uma loja da Chiquinho Sorvetes veio da identificação com a marca. “A rede começou com uma sorveteria pequena e familiar. A introdução de uma loja é simples, recebemos todos os produtos prontos da fábrica e o ticket médio inferior, o que atrai muito gente”, diz Silva.
O empreendedor conta que os primeiros meses não foram lucrativos. Para não perder o investimento e desistir de empreender, ele decidiu apresentar os sorvetes de baunilha e chocolate de forma gratuita. “Eu tinha estoque e confia na qualidade dos produtos. As pessoas só precisavam provar e saber”, diz. A estratégia de oferecer sorvetes no semáforo ou repartir cupons pela cidade funcionou. Em menos de seis meses a loja já era lucrativa. “Lembro que no quinto mês a loja já tinha lucro de R$ 40.000”, conta.
Porquê ele cresceu na Chiquinho Sorvetes
A segunda loja foi inaugurada um ano depois em Marabá, no Pará, com o lucro da primeira unidade. Seis meses depois, a terceira unidade foi inaugurada em Canaã dos Carajás.
Algumas decisões importantes de gestão foram tomadas no início do processo de expansão e garantiam a sustentabilidade do negócio.
Todas as lojas tinham um gerente responsável pela operação, permitindo que o empreendedor conseguisse circunvalar entre as unidades e lucrar graduação. “Desde o prelúdios eu treinei pessoas de crédito para serem gerentes. Hoje a maioria são funcionários que se destacaram e assumiram o incumbência na introdução de uma novidade unidade”, diz.
Mário também negociou com a franqueadora a exclusividade de alguns municípios. Na estação, muitas cidades ainda não tinham franquias e era viável penetrar novas lojas. “Fui até São Paulo negociar a exclusividade de alguns municípios. Paguei uma taxa para ser o único franqueado em cinco cidades”, diz.
A quarta loja foi inaugurada em Belém e a quinta em Açailândia, no Maranhão. Mário conta que a introdução de lojas aconteceu de forma gradual. “Eu comecei abrindo uma loja por ano, depois a cada seis meses. Hoje eu abro cinco por semestre e pretendo terminar o ano com 30 unidades”, diz.
Há quatro anos, Mário se tornou master franqueado da Chiquinho Sorvetes em Pernambuco. Ele é responsável por penetrar lojas, vendê-las e escoltar os franqueados. Ele se tornou uma espécie de franqueadora regional.
Para gerir suas lojas e dar conta das funções de master franqueado, Mário conta com uma sede administrativa em Marabá com muro de 20 funcionários. Por ali é feito toda a governo financeira e de RH, por exemplo. Ao todo, Silva gerencia 240 funcionários.
Com o lucro das lojas, Silva também abriu empreende em outros mercados. Hoje ele é possuidor de dois hotéis no Pará, além de ter fazendas no estado, cafeteria e locadora de carros. “Nunca imaginei ser tão bem-sucedido com franquias”, diz.