
JP Morgan rebaixa ações do MELI por ‘pressões de curto prazo’; ação cai 5%
Depois de um poderoso rali das ações do Mercado Livre de mais de 60% nos últimos 12 meses (30% só neste ano), o JP Morgan rebaixou a recomendação de compra para ‘neutro’.
O preço-alvo foi mantido em US$ 2.400, o que ainda representa um prêmio de 16% sobre o fechamento de terça-feira. Mas o golpe na recomendação fez os papéis caírem mais de 5% na Nasdaq na manhã desta quarta-feira.
“As ações estão muito valorizadas, e a maioria dos investidores as considera devidamente precificadas”, diz o time do banco americano.
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Para superar as expectativas do mercado, a gigante do e-commerce teria que conseguir números ainda mais impressionantes nos resultados, o que os analistas do JP Morgan consideram improvável. O banco está em traço com as projeções de mercado para o desenvolvimento de 1% da receita, mas estima um lucro líquido 15% menor do que o consenso para 2025.
A decisão tem mais a ver com o pequeno prazo do que com o horizonte mais distante. Isso porque a equipe se diz “construtiva com a tese”, apostando no desenvolvimento do e-commerce e nas oportunidades de do dedo banking no longo prazo.
No entanto, as novas medidas para continuar crescendo devem trazer consigo algumas dores. Uma delas é o progresso da oferta de cartões de crédito pelo Mercado Pago, a fintech do Meli.
Embora o cartão seja importante para escalar o negócio de banco do dedo e aumentar a relevância, o JP Morgan acredita que a pressão de pequeno prazo dessa expansão é a redução muito intensa dos spreads da operação, que são mais difíceis de serem compreendidos (e bem-aceitos) pelos investidores.
O aumento sumoso da capacidade logística também pressionar as margens e reduzir o lucro da companhia. Exclusivamente no Brasil, seu maior mercado, o Mercado Livre pretende vergar sua estrutura logística, passando de dez centros de distribuição para 21 ao término de 2026.
Seis centros de distribuição serão inaugurados ainda neste ano, porquê secção do montante de R$ 23 bilhões de investimentos anunciados pela companhia em abril. Outros cinco CDs serão inaugurados ao logo do próximo ano, fazendo secção do orçamento que a companhia ainda está definindo.
“Embora tenha sido indicado no evento Meli Experience que as margens não devem ser pressionadas pelo aumento da logística, entendemos isso mais porquê uma orientação de longo prazo, com a orifício de cinco novos centros somente no terceiro trimestre provavelmente gerando um aumento de dispêndio no pequeno prazo”, diz o relatório.
O Mercado Livre acumula subida de 28% em 2024, com valor de mercado de US$ 99,90 bilhões.