Brasil está no top 5 das Paralimpíadas de Paris, com 30 medalhas, sendo 9 de ouro
Em quatro dias, o Brasil conquistou até o momento 30 medalhas na Paralimpíada de Paris-2024, sendo nove de ouro, uma vez que verificação, nos Jogos Olímpicos, a delegação brasileira, no mesmo período, ganhou quatro medalhas, nenhuma dourada. Nas últimas quatro edições dos Jogos, o país ficou entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas.
Dos 280 atletas convocados para competir em Paris, 97,8% recebem os benefícios do Programa Bolsa Desportista. Ou seja, 274. E destes, 63% estão inseridos na categoria pódio, a mais subida do programa — são 173, no totalidade. Entre os demais, 39 estão na categoria desportista olímpicos/paralímpicos/surdolímpicos, 33 no desportista internacional e 29 no desportista pátrio.
Os valores para os atletas pódio variam de R$ 5.543 a R$ 16.629, enquanto os desportista internacionais recebem R$ 2.051. A categoria desportista olímpicos/paralímpicos/surdolímpicos paga R$ 3.437, e a desportista pátrio, R$ 1.025.
“A gente da seleção que está no ranking mundial mais tá recebe a categoria pódio, um valor que ajuda muito. Realmente a gente consegue ter tranquilidade para se manter unicamente no esporte. Mas também tenho alguns patrocinadores que me ajudam, projetos de prefeitura que me auxiliam a me manter no tá rendimento treinando”, conta o nadador Daniel Mendes, bronze nos 50m livre da classe S6 em Paris.
Apesar de receberem auxílio do Bolsa Desportista, os gastos de alguns deles podem ser maiores por conta dos equipamentos necessários. É o caso do velocista Alan Fonteles, vencedor paralímpico em Londres-2012 depois superar o predilecto Oscar Pistorius nos 200m — até portanto um dos grandes astros do esporte paralímpico, o sul-africano ficou muro de oito anos recluso por matar a namorada. O paraense de 32 anos, que procura sua segunda medalha de ouro em uma edição dos Jogos, revela que precisaria gastar um pouco próximo de R$ 70 milénio só para poder competir em Paris.
“Os gastos dos atletas nos Jogos é muito tá. Eu, por exemplo, uso prótese e lâminas de corrida. Se somar todos os meus gastos, seria R$ 25 milénio com equipamentos de próteses, R$ 15 milénio com cada lâmina e R$ 5 milénio a R$ 10 milénio com cada juntura. Um totalidade de R$ 70 milénio só para chegar na Paralimpíada. Mas meu patrocinador, a Alps, me mandou muro de R$ 25 milénio em produtos na minha chegada em Paris”, conta o velocista.
O desempenho do desportista é fundamental para conseguir os equipamentos necessários e evitar gastos maiores. Alan conta que, por conta de seus resultados, algumas empresas o procuram para oferecer suporte e o material que precisa. No entanto, o brasílio sente falta de investimentos da iniciativa privada no Brasil.
“Acho que seria um pouco incrível no Brasil se as empresas apoiassem o esporte e não ficassem pensando em patrocinar um desportista nas vésperas dos Jogos, só de quatro em quatro anos. Isso tem que ser muito mais possante no paí porque, fora do Brasil, as empresas apoiam os atletas num ciclo de quatro anos, oito anos, e não faltando alguns meses uma vez que muitos querem cá — completa o desportista, que se classificou para a final dos 100m da classe T62 (amputados de membros inferiores com prótese) e disputa a final hoje, às 16h35 (de Brasília).
Empresas parceiras do Comitê Paralímpico Brasílico também patrocinam alguns atletas nacionais. A EY Brasil, por exemplo, é responsável pelo remador Jairo Klug, que, por meio do Programa Atletas EY, tirou uma licença de um ano para se destinar aos preparativos para os Jogos de Paris. No totalidade, a empresa investiu em torno de R$ 80 milénio no desportista.
A Lei de incentivo ao esporte, que permite que recursos sejam aplicados em projetos esportivos e paraesportivos em todo o Brasil em troca de repúdio fiscal, é outro recurso. A EY, por exemplo, destinou mais de R$ 700 milénio ao Instituto Athlon, uma organização que visa desenvolver a prática da atividade física e proporciona o aproximação aos esportes olímpico e paralímpico usando a lei.
No entanto, não são só os atletas que recebem investimentos. O Comitê Paralímpico Brasílico (CPB) tem uma vez que sua principal manadeira de renda a Lei Piva — que prevê que 2% da arrecadação bruta das loterias federais em operação no país, descontadas as premiações, sejam destinados ao esporte, na seguinte proporção: 85% para o COB (Comitê Olímpico do Brasil) e os 15% restantes para o CPB.
A entidade também recebeu investimento para montar um grande meio de treinamento em São Paulo, em 2016. Na estação, o valor para a obra foi de R$ 264,272 milhões, sendo R$ 149,63 milhões do Governo Federalista — por meio do Projecto Brasil Medalhas — e R$ 114,642 milhões do governo do Estado de São Paulo.