presidente do Bahia revela noivado falso para não assumir homossexualidade

Foto: Reprodução/ Instagram

Presidente do Bahia revela noivado inventado por pressão social para ‘esconder’ homossexualidade

Emerson Ferretti trilhou um longo e difícil caminho até se tornar o primeiro presidente assumidamente gay de um clube brasílio. O mandatário do Bahia revelou, inclusive, que precisou inventar um noivado ”para sobreviver” em um meio extremamente machista. Hoje, porém, o dirigente celebra o paixão com o namorado diretamente das arquibancadas da Redondel Manadeira Novidade.

Antes de se tornar presidente do Bahia, Ferretti defendeu a meta do Flamengo e passu pelo Grêmio entre 1991 e 1994. O ex-atleta enfrentou inúmeras dificuldades sendo um varão homossexual em um envolvente que a homossexualidade ainda é um tabu.

“O processo todo foi muito solitário, desde a juvenilidade. Quando comecei a perceber e entender minha sexualidade, sem poder falar com ninguém sobre isso. Nem com minha família, nem com amigos, e muito menos dentro do futebol”, iniciou o presidente em entrevista ao ”TVE Bahia”, no Youtube.

Presidente do Bahia revela noivado inventado

A jornada solitária o acompanhou por toda curso uma vez que futebolista, que se encerrou aos 35 anos. Ferretti teve, inclusive, que se render a pressão social e inventar um noivado uma vez que forma de sobrevivência não só no esporte, mas também diante dos familiares – situação que hoje avalia uma vez que triste e difícil.

“Era um oração que às vezes era necessário porque existia uma cobrança social muito grande em relação a namoro, enlace, a uma presença feminina do lado. Infelizmente tínhamos que usar esse oração, era uma das formar que tínhamos para nos protegermos. Muitos atletas gays acabam inclusive casando para distanciar qualquer suspeita sobre a sexualidade deles. Isso é muito triste, ter que simbolizar o tempo todo”, desabafou.

Foto: Reprodução / Instagram

Namoro com bailarino

Levou muito tempo até que Emerson pudesse, enfim, vivenciar o paixão nas arquibancadas de um estádio de futebol. Aos 50 anos, o presidente do Bahia vive um relacionamento com o bailarino e jornalista Jordan Dafner desde o início de 2024, mas só se assumiram publicamente recentemente – durante um jogo do Tricolor, na Redondel Manadeira Novidade.

Emerson entende que seu relacionamento com Dafner, diante do incumbência que ocupa, pode servir uma vez que referência e inspiração para outros gays que queiram vivenciar o futebol. A inclusão tem sido um dos objetivos da voz do mandatário tricolor.

“Essa tomada de decisão aconteceu justamente para jogar luz sobre um objecto que não é conversado no meio do futebol. Mas existem muitos gays, não fui o único e todos eles precisam se esconder, e quando acontece isso com qualquer pessoa de fabricar um personagem para sobreviver, é muito dolorido, é sofrido”, e continuou:

“Portanto, falar sobre isso e virar uma referência, acredito que ajudará muitos que estão no futebol ou até mesmo garotos gays que pretendem ser jogadores a se aproximar e enfrentar isso (…) O caráter, o talento, não se mede pela sexualidade, o vestimenta de ser gay não me impediu em momento nenhum de ser um goleiro que entregasse desempenho nos clubes que joguei”, disse.

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