
Pernambucanas faz nova troca de CEO, agora com foco em reestruturação
A Pernambucanas está mudando novamente de CEO, depois de somente 10 meses. A varejista está contratando Ricardo Doebeli para o comando.
Ex-sócio da McKinsey e CEO da Lupatech, o executivo tem experiência em restruturação e chega em um momento em que o setor de varejo passa por reacomodação, com a concorrência do e-commerce e suas grandes plataformas marketplace.
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Além da Lupatech, trabalhador de peças para a indústria de petróleo e gás que ficou tapume de 8 anos em recuperação judicial, Debeoli trabalhou por 13 anos na Galeazzi & Associados, especializada em galanteio de custos e processos de turnaround em consumo e varejo. A lista inclui o Pão de Açúcar e a BRF, por exemplo.
Marcelo Labuto, que chegou em outubro pretérito com a missão de dar gás à Pefisa, braço financeiro da Pernambucanas, pediu para transpor por “razões pessoais”.
Trazia na bagagem a experiência de ter sido CEO do Banco do Brasil, do BB Seguridade e, mais recentemente, liderar as operações de varejo do Santander.
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Para a direção financeira foi escolhido Mauricio Hasson, que foi CFO da Vero Internet (controlada pela Vinci Partners e a Warburg Pincus) e da 3Tentos, onde liderou o IPO.
Também foi diretor financeiro da Vigor, Oncoclínicas e Vicunha Textil, além de ter passagens pela Merrill Lynch, o Bear Stearns e o Rothschild & Co.
Os dois chegam com o duelo de fazer a Pernambucanas crescer mais em vendas e lucrar eficiência, voltando ao azul. Em 2023, a receita da empresa chegou a R$5,13 bilhões, um progressão de 8%. Mas a última risco do balanço passou de um lucro de R$142 milhões em 2022 para um prejuízo de R$275 milhões, pressionada principalmente pelo endividamento.
Ou por outra, os números da Pernambucanas foram afetados pelas vendas de imóveis. Embora tenham fortalecido a posição financeira, as alienações foram realizadas a valores inferior do balanço. Em junho deste ano, a varejista vendeu mais 23 lojas a um Fundo de Investimento Imobiliário do Pátria por R$223 milhões.
A experiência de Doebeli em desenvolvimento de projetos de transformação e melhoria estratégica deve ser principal para mudar os negócios da Pernambucanas em meio a um momento de envolvente competitivo mais multíplice com o progressão das plataformas cross border na cesta de consumo da classe média.
Os números de 2024 ainda não são públicos, mas pessoas familiarizadas com o negócio afirmam que as vendas do varejo de vestuário já indicam melhora, com incremento de 10% na verificação anual. Mais recentemente, a empresa abandonou o negócio de aparelhos celulares, deixando seu portfólio mais seco.
“Doebeli tem experiência em processos de lucro de eficiência operacional, o que é principal para a maturação das 200 lojas abertas de 2018 para cá”, diz uma manancial.
Atualmente, a Pernambucanas tem 500 lojas abertas e planejava ampliar sua penetração no Setentrião e Nordeste, mas desistiu de intensificar a expansão física.
Já Hasson terá uma vez que foco a gestão financeira da companhia e seu relacionamento com instituições financeiras. Também terá de olhar para a evolução dos resultados na operação da Pefisa, cuja receita totalidade avançou 28,5% em 2023, puxada mormente pela estratégia de cartão bandeirado, mas que também pressionou a risco de custos da companhia consolidada. A carteira da fintech chegou a R$4,3 bilhões.
Nos últimos meses, a Pefisa abriu 8 lojas em centros de cimalha fluxo e tem funcionado cada vez mais uma vez que bank as a service. No totalidade, são 16 lojas atualmente.
Melhora da governança
Um dos processos relevantes que Labuto acompanhou foi o combinação de acionistas. Na primeira metade de julho, os seis blocos familiares que controlam a companhia concordaram em todos terem o mesmo poder de voto, a término de melhorar a governança da companhia e dar desembaraço às decisões estratégicas.
“Os acionistas já não tinham uma interferência relevante no negócio, mas, sem incerteza nenhuma, brigas societárias chamam atenção e não ajudam”, diz uma pessoa próxima ao negócio.
Com o combinação, o entendimento é de que a questão fica pacificada e sem ruídos societários interferindo no dia a dia da companhia.
O combinação estabeleceu, também, a implementação de um recomendação de gestão para a Pernambucanas.
Antes disso, a varejista contava somente com um recomendação consultivo. Porquê chairman foi escolhido Martin Mitteldorf, sócio da MOV Investimentos, uma gestora de investimentos de impacto. Atuando uma vez que consultor, Mitteldorf acompanha a Pernambucanas desde 2013 e já integrava o recomendação consultivo da varejista.
O movimento é importante para dar desembaraço na tomada de decisões e abre caminho para “parcerias operacionais e mais estratégicas”, de combinação com fontes ouvidas pelo INSIGHT.
Uma das possibilidades estudadas há tempos por segmento dos acionistas é atrair um investidor de private equity e mesmo uma eventual orifício de capital não é descartada.