Prefeitura avalia afastamento de secretário como ‘desproporcional’

O procurador-geral do Município de Goiânia, José Carlos Ribeiro Issy, disse nesta terça-feira (2/7) que a prefeitura está concluindo a avaliação sobre a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) de distanciar do função o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara. Pollara foi remoto por 90 dias pelo Tribunal, na semana passada, em apuração sobre validade de processo de contratação de prestação de serviços relacionados ao Samu (Serviço de Atendimento Traste de Urgência). Na sessão de ontem, o TCM confirmou a decisão de solidão do secretário.

“A gente está terminando de julgar a decisão que o TCM deu para o completo, para poder verificar os pontos ou o ponto em que é verosímil recorrer ao Poder Judiciário. O foco principal agora é voltar o secretário ao função, modificar a decisão que definiu o solidão”, afirmou Issy, em entrevista à prensa, no Paço Municipal.

Sobre o processo envolve o Samu, o procurador disse que a prefeitura procura, junto ao TCM, a construção de um edital que atenda ao que o órgão considera uma vez que correto para a solução dos pontos questionados.

“Juridicamente eu diria que é uma decisão desproporcional, e eu sustentei essa posição, ontem, perante o Tribunal. Existe uma situação, que é necessário, segundo o Tribunal, que se fale em descumprimento da decisão. No entanto, isso não justificaria um solidão por um período de 90 dias, o que acaba sendo uma medida muito mais severa do que o que se buscava combater. Além do que é um pouco que a gente poderia manifestar que se trata de um caso inédito no contexto do Tribunal”, ressaltou.

Uma das divergências apontadas pelo Tribunal é relacionada à questão do combate à dengue. O tribunal não concorda com a justificativa de que o suposto aumento de casos de dengue sobrecarrega os atendimentos do Samu, principalmente agora que as chuvas terminaram. Segundo o procurador, há um entendimento por secção dos técnicos da Secretaria de Saúde, de que, mesmo em período de estiagem, os casos da doença não diminuíram de forma significativa em Goiânia.

“A verdade que se mostra é que pela quinta semana seguida os casos de dengue continuam subindo no município de Goiânia”, pontuou.

Fizemos o que era juridicamente viável’

Mesmo diante de divergências de entendimento sobre o edital para a contratação de serviços para o Samu, José Carlos Ribeiro Issy reafirma a posição da prefeitura em manter o diálogo sincero com o TCM.

“Desde que nós fomos intimados sobre o matéria, a gente vem conversando com o presidente e alguns conselheiros para verificarmos a possibilidade de modificação (da decisão) e fizemos o que era juridicamente viável, que foi o recurso de perda e um pedido de consideração, mas, por enquanto, mantiveram o entendimento de que aquela era medida que eles entendiam necessários para o momento”, salientou o procurador.

Ao final da entrevista, o procurador-geral do município disse julgar as decisões do Tribunal, tanto no pedido de suspensão do contratado com o Samu uma vez que no solidão do secretário Wilson Pollara, uma vez que uma questão técnica.

“Só reputo que seja uma medida desproporcional, com a sanção imposta ao solidão do secretário, um pouco inédito no contexto do Tribunal”, destacou o procurador.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios