
Dólar renova alta e bate R$ 5,68 após Lula reforçar crítica ao mercado
Dólar tem subida de 16% no ano
O dólar
registra um novo dia de subida nesta terça-feira (2), atingindo valores próximos a R$ 5,68. Os investidores continuam reagindo às recentes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Mediano do Brasil, principalmente direcionadas à presidência da instituição, Roberto Campos Neto.
Em uma entrevista à Rádio Sociedade em Salvador (BA), Lula mencionou um “jogo de interesse especulativo”
contra o real e destacou que a subida do dólar em seguida suas críticas não tem justificativa clara. Ele também afirmou que o próximo presidente do BC verá o Brasil “porquê ele é, e não porquê o sistema financeiro diz”.
No mercado financeiro, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira B3, operou em subida impulsionado pelas ações da Vale e Petrobras.
Dólar
Às 11h30, o dólar subia 0,45%, sendo cotado a R$ 5,6784. Alcançou uma máxima de R$ 5,6869 durante o dia. No dia anterior, teve uma subida de 1,15%, encerrando a R$ 5,6527.
Reunido:
- progresso de 1,15% na semana;
- lucro de 1,15% no mês;
- subida de 16,49% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa registrava subida de 0,26%, alcançando os 125.047 pontos. Na véspera, teve um aumento de 0,69%, fechando em 124.765 pontos.
Reunido:
- subida de 0,69% na semana;
- ganhos de 0,69% no mês;
- perdas de 7,02% no ano.
Histórico
Lula tem intensificado suas críticas aos agentes do mercado e ao presidente do BC, dos quais procuração termina no final do ano. Segundo Lula, o próximo presidente do BC terá uma visão mais alinhada com a veras brasileira, em contraste com as demandas do sistema financeiro.
Lula também anunciou hoje planos de se reunir com o ministro da Quinta, Fernando Haddad, para discutir medidas que possam moderar a valorização do dólar, a qual impacta diretamente na inflação e, consequentemente, na popularidade do presidente.
Nos últimos dias, o dólar tem registrado sucessivas altas frente ao real, refletindo a preocupação dos investidores com a situação fiscal do Brasil e as críticas de Lula à transporte da política monetária pelo Banco Mediano.