
Arizona enfrenta crise habitacional e tem 3 mil despejos por mês
O xerife Lennie McCloskey realiza um detrito em uma moradia em Phoenix
Estados Unidos, 15 de abril de 2024
Frederic J. BROWN
Com colete à prova de balas e arma no cinto, Lennie McCloskey abre sua pasta e analisa as ordens judiciais: um, dois… onze despejos a serem executados. “É um dia lentamente”, diz o xerife do condado de Maricopa, Arizona.
Com a disparada do preço dos aluguéis devido à pandemia de covid-19 e a um mercado imobiliário inflacionado, não falta trabalho para oficiais porquê McCloskey neste estado no sul do território americano.
“Normalmente faço de 19 a 25 despejos por dia”, disse McCloskey, um dos 26 xerifes do condado de Maricopa, o mais populoso do Arizona com 4,5 milhões de habitantes.
A média mensal é de 3 milénio despejos em Maricopa, onde está localizada a cidade de Phoenix, uma das que mais cresce nos Estados Unidos e um sítio considerado fundamental para a disputa eleitoral entre Joe Biden e Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro.
O aumento dos preços, a queda do poder de compra e o prolongamento da população criam uma situação problemática.
“O que é particularmente dramático em Phoenix é o quão dispendioso se tornou e a rapidez com que isso aconteceu”, disse Glenn Farley, diretor do Common Sense Institute, que realiza pesquisas econômicas.
Para remunerar uma hipoteca na região metropolitana de Phoenix, é preciso trabalhar murado de 68 horas por semana, explica Farley, em conferência com 40 horas em 2019. “É um aumento de mais de 50%”, enfatiza.
– “Não posso remunerar” –
Em 19 anos executando ordens de detrito, McCloskey viu de quase tudo: casas transformadas em depósitos de drogas, pessoas sublocando a outras ou deixando menores sozinhos para evitar serem despejados, jogadores de beisebol abandonando todos os seus pertences no sítio.
Mas o que o xerife mais encontrou nos últimos anos são pessoas que não conseguem remunerar um mês de aluguel, motivo suficiente para serem branco de uma ordem de detrito.
“Tenho visto pessoas que trabalham, que para tentar se sustentar têm dois empregos, ou várias famílias que dividem o mesmo apartamento… os salários não acompanham o aluguel”, descreve McCloskey, 68 anos.
Farley atribui números a essa percepção. “Os salários aumentaram muito, entre 20% e 30%. O problema é que só a inflação absorveu esse aumento e os custos da habitação aumentaram entre 40 e 60%”.
Alex, um mecânico de murado de 30 anos que McCloskey precisou evacuar devido a um tardança de dois meses no pagamento do aluguel, sofre na pele essa verdade.
“Tenho dois empregos e isso não é suficiente”, disse ele à AFP, enquanto tirava suas coisas da moradia de dois quartos onde morava com sua esposa, filha e o cachorro Chester.
– “Problema sem término” –
O Arizona está na mira de Biden e Trump na corrida pela Mansão Branca. O presidente democrata venceu por murado de 10 milénio votos em 2020 neste estado que, com poderoso presença republicana, promete ser palco de uma guerra política.
Temas porquê o monstruosidade e a transmigração têm impacto na população, assim porquê a situação econômica.
“Temos os custos de habitação mais elevados da história do estado. O aluguel baixou um pouco, mas ainda é historicamente muito cocuruto, e um terceiro fator é a crise dos sem-teto”, resumiu Farley.
O economista acredita que o aumento do número de pessoas em situação de rua, que chega a milhares em Phoenix, não é consequência exclusiva da situação imobiliária e exige soluções multidisciplinares.
Mas é inegável que existe uma crise habitacional, causada em secção pelo deslocamento durante a pandemia de milhares de pessoas de estados com dispêndio de vida mais saliente, porquê a vizinha Califórnia, que procuravam mais espaço a um preço mais plebeu.
A paralisação das atividades afetou a construção, setor que registra atualmente um déficit de murado de 65 milénio unidades, segundo estimativas do economista.
“Temos um aumento da procura, um aumento da população e um colapso da oferta. O resultado foi oriente rápido aumento dos preços”, explica.
A situação jurídica sítio que rege o setor imobiliário, assim porquê o aumento dos preços das matérias-primas, acrescenta Farley, diminuíram a construção de habitações a preços acessíveis.
O paradoxo, afirma, é que o Estado precisa atrair migrantes para impulsionar o seu prolongamento econômico, um tanto que considera inviável à medida que Phoenix perde a sua reputação porquê fado econômico.
“Isso torna tudo mais difícil para as pessoas”, diz McCloskey. “Parece um problema sem término.”