EXCLUSIVO: Kamala tem 48% e Trump soma 46% em Michigan, mostra pesquisa EXAME/Ideia

A vice-presidente Kamala Harris soma 48% das intenções de voto em Michigan, um dos estados decisivos para a eleição presidencial dos Estados Unidos, e o ex-presidente Donald Trump tem 46%, mostra pesquisa EXAME/Teoria. A situação entre os dois é de empate técnico.

O estudo ouviu 1.003 americanos no estado, pelo telefone, durante os dias 29 e 30 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Michigan tem 15 dos 538 delegados no Escola Eleitoral, que decide a eleição presidencial. Desde 2008, todos os candidatos que venceram ali conquistaram também a Presidência do país.

Kamala lidera as intenções de voto entre as mulheres, com 51%, e Trump é predilecto entre os homens, com 49%. A democrata tem ainda vantagem entre os eleitores independentes (49% a preferem, diante de 45% para ele) e entre eleitores com intensidade universitário (67%).

O republicano vai melhor entre os eleitores com mais de 65 anos (51%) e entre o público sem nível universitário (61%).

O Teoria perguntou ainda quem os eleitores de Michigan acham que deve vencer a disputa. A maioria, 55%, diz que Kamala deverá ser a vencedora no estado, e 50% dizem crer que ela conquistará a Vivenda Branca.

Do outro lado, 41% veem Trump porquê predilecto para lucrar no estado e 45% dizem esperar uma vitória pátrio do republicano.

No recorte partidário, 80% dos republicanos esperam uma vitória pátrio de Trump e 72% dos democratas dizem incumbir que Kamala vença. Entre os independentes, 50% dizem esperar uma conquista da democrata, e 45% afirmam que Trump vencerá.

Disputa pelo Senado

A pesquisa avaliou ainda as intenções de voto ao Senado. A democrata Elissa Slotkin tem 49% de preferência, diante de 46% do republicano Mike Rogers.

Slotkin tem maior vantagem entre os negros (75%) e latinos (51%). Rogers vai melhor entre os eleitores brancos (56%) e com renda supra de US$ 100 milénio dólares anuais (50%, contra 44% da rival).

O Senado tem atualmente maioria democrata, com 51 senadores (incluindo três independentes) e 49 republicanos. Assim, unicamente uma ou duas disputas poderão mudar o controle da Vivenda.

A vaga em disputa em Michigan está atualmente sob controle democrata. A senadora Debbie Stabenow decidiu não disputar um quinto procuração.

Por que Michigan importa

No sistema eleitoral americano, a votação é indireta. Assim, o voto popular não escolhe o novo presidente, mas sim o Escola Eleitoral. O candidato que vence em um estado conquista todos os votos dos delegados daquele estado no Escola Eleitoral (a regra vale em 48 dos 50 estados). Assim, a disputa presidencial é feita estado a estado. Michigan é responsável por 15 das 538 cadeiras em jogo.

Na maioria dos 50 estados, as pesquisas já indicam um vencedor simples. No entanto, em sete deles, chamados de estados decisivos (Swing States, em inglês), a disputa está em simples, e será preciso vencer ali para invadir a Presidência. Michigan é um deles.

O estado tem revezado a preferência política nas eleições presidenciais desde os anos 1930. Nos anos 1960, houve três vitórias democratas. De 1972 a 1988, cinco vitórias republicanas em sequência. Depois, seis conquistas democratas, de 1992 (com Bill Clinton) a 2012 (com Barack Obama). Em 2016, Donald Trump ganhou ali e, em 2020, Joe Biden venceu.

A influência de Michigan para a disputa deste ano fez com que os dois candidatos fizessem várias visitas ao estado, nas quais defenderam medidas para tentar estimular a indústria. Michigan enriqueceu com o setor de fábricas, mormente de automóveis. O setor, no entanto, perdeu força nas últimas décadas, conforme as empresas se mudaram de lá, para reduzir custos.

Durante um comício em Detroit, em outubro, Trump anunciou propostas porquê a de dar desconto em impostos para quem comprar veículos: o gasto com juros de financiamentos poderia ser inferido, desde que sejam produzidos nos EUA. O republicano também promete aumentar tarifas de importação, para que as empresas voltem a produzir nos EUA.

Ao visitar Flint, em Michigan, também em outubro, Kamala falou sobre o setor automotivo. Ela acusou o rival de fazer promessas vazias e se comprometeu a estimular a vinda de indústrias de carros elétricos aos EUA, porquê forma de gerar empregos.

Pesquisas exclusivas da EXAME

A EXAME e o Instituto Teoria divulgam nesta semana uma série de pesquisas exclusivas sobre as eleições nos Estados Unidos, nos sete estados-chave que vão sentenciar a disputa.

Veja a seguir o calendário de divulgação dos próximos estados

Segunda-feira (28/10) – Nevada
Terça-feira (29/10) – Arizona

Quarta-feira (30/10)  – Geórgia
Quinta-feira (31/10) – Carolina do Setentrião
Sexta-feira (1/11) – Michigan
Sábado (2/11) – Wisconsin
Domingo (3/11) – Pensilvânia

A EXAME faz uma cobertura extensa das eleições americanas desde janeiro, quando foi lançado o programa O Caminho para a Vivenda Branca, disponível no YouTube e no Spotify. A equipe da EXAME também esteve presente nas convenções dos partidos, em julho e agosto, e fez reportagens em estados-chave para a disputa, porquê Wisconsin, Michigan e Pensilvânia.

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