
No debate da Gazeta, Boulos, Nunes, Tabata e Datena miram em Marçal e trocam acusações
A TV Jornal e o portal My News realizam neste domingo, 1º, o quarto debate com candidatos à prefeitura da cidade de São Paulo. O encontro foi marcado por acusações e ataques, em privativo ao influenciador Pablo Marçal (PRTB). O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado federalista Guilherme Boulos (PSOL), a deputada federalista Tabata Amaral (PSB), e o apresentador José Luiz Datena (PSDB) direcionaram seus ataques a Marçal, que cresceu nas últimas semanas nas pesquisas.
A prensa, que foi informada no credenciamento que poderia acessar o estúdio do debate, foi proibida pela organização de entrar no sítio. Segundo os assessores dos postulantes, as regras apresentadas aos candidatos durante a semana definiam que não haveria plateia no estúdio, o que incluía jornalistas e fotógrafos. A decisão limitou o trabalho de jornalistas presentes no evento.
Ataques marcam o primeiro conjunto
O primeiro conjunto, que teve embate entre os candidatos, foi marcado somente por ataques e nenhuma discussão aprofundada de proposta para a cidade.
Logo na primeira pergunta, Marçal e Boulos discutiram, com o influenciador voltando a insinuar que o deputado do PSOL faz uso de drogas ilícitas. Na resposta, Boulos afirmou que Marçal é um “bandido sentenciado” e disse que o justador faz uso de um processo contra outra pessoa, também chamada Guilherme Boulos, para “mentir” sobre o uso de drogas.
Marçal seguiu porquê escopo na pergunta seguinte feita pelo candidato à reeleição Ricardo Nunes, que o apelidou de “Pablito”. O prefeito citou uma reportagem do UOL que revelou áudios que mostram a suposta participação do influenciador em um esquema de fraudes bancárias.
A investigação da Polícia Federalista apontou que Marçal integrava um grupo de pessoas que disparava e-mails com assuntos chamativos porquê a promessa de adesão a programas sociais do governo e conteúdos pornográficos para atrair vítimas e roubar senhas bancárias.
O ex-coach chegou a permanecer recluso temporariamente por dois dias no curso do interrogatório em 2005 e foi sentenciado, mas a pena foi prescrita.
Nunes sugeriu que Marçal não teria condições de mourejar com temas de segurança pública por conta de seu histórico. E foi chamado pelo influenciador de “bananinha”, que citou a investigação da “máfia das creches” contra o prefeito e ameaçou Nunes de prisão, caso ele não seja reeleito e Marçal ganhe as eleições.
O único momento da primeira segmento do debate em que um tema sobre a cidade apareceu foi quando Tabata questionou Nunes sobre a queda de alfabetização em São Paulo.
“De cada três alunos, dois estão chegando no segundo ano sem saber ler e redigir. Uma vez que explica tamanha malícia? Uma vez que explica São Paulo ter derrubado tanto em ensino?”, provocou a candidata do PSB.
Na resposta, Nunes argumentou que zerou a fileira das creches.
Ainda no primeiro conjunto, Nunes teve dois direitos de resposta contra posições de Marçal. “Hoje cai a máscara do Pablo Marçal. Rostro sentenciado por roubar verba das pessoas aposentadas”, resumiu Nunes.
O prefeito, todavia, foi escopo de Datena, que o chamou de “um provável sentenciado falando de um sentenciado”. Os candidatos do PSDB e do PSOL também chamaram atenção para a fileira do Sistema Único de Saúde (SUS), com acusações sobre a atual gestão na superfície.
Em seguida, Datena e Tabata entraram no matéria da segurança pública para indicar críticas a Marçal.
“Estou entrando com uma ação na justiça eleitoral, mostrando porquê o Pablo, com financiamento ilícito e uso reprovável econômico, conseguiu tantos seguidores. Suspeitas de caixa dois e lavagem de verba têm tudo a ver com o transgressão organizado. A quem interessa a candidatura de Pablo?”, argumentou Tabata.
Segundo conjunto tem pergunta de jornalistas
No segundo conjunto, os candidatos responderam perguntas de jornalistas. Na primeira pergunta, Marçal foi questionado sobre o seu posicionamento na eleição e a falta de apresentação de propostas. Na resposta, o ex-coach não respondeu a pergunta, e atacou o jornalista Josias de Souza e os demais adversários.
Na sequência, Boulos foi questionado sobre a privatização da Sabesp, concessões e parcerias público-privadas. Na resposta, o deputado criticou o processo e disse que Nunes aceitou assinar com a empresa, agora privada, em troca de base político. O atual prefeito defendeu a desestatização e afirmou que o processo irá universalizar o saneamento na cidade até 2029.
Tabata foi questionada sobre propostas em relação à segurança pública e à situação da Cracolândia. A deputada prometeu trabalho coordenado com o governo de estado e disse que Marçal, com supostas ligações com o transgressão organizado, não poderá mourejar com esses problemas.
Mais informações em instantes.