Golfe: uma das conexões mais poderosas do mundo corporativo

Lembro-me uma vez que se fosse hoje: era uma tarde de março, em São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos. Eu estava em uma conferência relevante na dimensão de virilidade, e estavam presentes mais de 1.000 pessoas, entre os convidados e palestrantes renomados, o ex-General Colin Powell e a ex-CEO da HP Carly Fiorina. Eu, na era, estava com clientes e parceiros, e entre conversas de negócios com o grupo, notei que o tema fugia para um torneio amásio de golfe que ocorreria no dia seguinte.

Embora o linguajar fosse estranho para mim, percebi a preço de me conectar com esses empresários e executivos também fora do envolvente corporativo, mormente, em torno de um esporte que nos Estados Unidos e na Europa dominam as rodas de poder. Falar sobre o handicap, campos já visitados e detalhes sobre torneios, tornava o envolvente mais ligeiro e relaxado.

No dia seguinte, acompanhei o torneio, apesar de não saber jogar. Foi aí que entendi a profundidade das relações construídas durante uma partida de golfe, onde as pessoas passam muro de quatro horas juntas, falando sobre diversos assuntos e criando laços de crédito. É crucial saber a hora de falar sobre negócios e a hora de relaxar, diferenciando momentos de descontração e de assertividade, uma habilidade que considero importante. Deste evento, pude ver desdobramentos que levaram a projetos de alguns milhões de dólares e parcerias que se tornaram longevas.

Esse entendimento me levou a pesquisar mais sobre o tema. Descobri que Obama, Trump, Bill Gates e Warren Buffet compartilham a paixão pelo golfe, um dos esportes mais lucrativos, com os quais os jogadores profissionais ganham mais que estrelas do futebol e da NBA. Nos EUA e na Europa, o golfe é amplamente praticado, mas, exige um cima investimento, tanto em equipamentos quanto em treinamento e manutenção. No Brasil, embora ainda seja visto uma vez que elitista, o esporte começa a ser mais conseguível por perfis diferentes de praticantes, devido a exórdio dos campos para convidados e não membros.

Sob a ótica empresarial e política, poucas coisas são tão eficazes quanto uma partida de golfe para discutir oportunidades de negócios. Nos EUA, 90% dos CEOs da Fortune 500 praticam golfe, e 54% dos jogadores afirmam ser a melhor forma de networking. Marcas globais uma vez que FedEx, 3M, BMW, Mastercard e Rolex investem pesadamente em torneios de golfe, criando experiências e associando seus nomes aos eventos. Negócios significativos são fechados durante as partidas e nos clubes, uma vez que o Augusta National Golf Club, sede do torneio Masters, e o Pinehurst Resort, ambos conhecidos por facilitar acordos.

Networking do golfe

Para aqueles que buscam novas oportunidades de negócios ou até mesmo uma novidade colocação no mercado, prospectar no golfe pode ser um diferencial. Para posições e projetos importantes, o relacionamento pessoal é muitas vezes crucial, pois exige um cima proporção de crédito mútua que dificilmente é construído somente em reuniões formais. O networking tem sido vital para o sucesso, e, goste-se ou não, é um diferencial.

No mundo corporativo, a prática de esportes vai além do lazer: fortalece vínculos, melhora a saúde mental e física, e cria um envolvente propício à inovação e desenvolvimento. Estudos mostram que executivos que praticam esportes em grupo têm menores níveis de estresse e melhor desempenho. Uma partida de golfe também permite aprimorar a perceptibilidade emocional, exercitando a resiliência, a capacidade de mourejar com adversidades e o planejamento estratégico.

Investir em infraestrutura que favoreça essa integração pode ser uma estratégia inteligente para empresas que buscam se sobresair no mercado global. No Brasil, lugares uma vez que o Gávea Golfe Clube, Campo Olímpico de Golfe, São Fernando Golf Club e o Rancho da Grama Golf & Country Club são exemplos de onde essa cultura pode crescer e se solidar. Conforme o Brasil adotar mais essas práticas, o porvir promete uma maior integração entre saúde, bem-estar e negócios, beneficiando não só os indivíduos, mas também as organizações. A tendência é que, cada vez mais, veremos executivos e empresários em campos de golfe, quadras de beach tennis, trilhas ou pistas de ciclismo, firmando alianças e desenhando o porvir do mundo corporativo.

Quanto a mim, já pratico nascente esporte há seis anos e sou enamorado por ele, pelo networking individual que propicia e pelo duelo que é jogar um dos esportes mais difíceis, mormente pelo paisagem mental.

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