Candidatos em disputas locais impulsionam Kamala nos estados decisivos

Para olhos treinados, a pista inicial de que a corrida presidencial americana havia mudado sensivelmente na segunda quinzena de julho se encontrava no lado esquerdo do varanda do primeiro comício da vice-presidente Kamala Harris posteriormente Joe Biden ter sido forçado a abortar sua campanha pela reeleição. Muito adiante, sorridente, destacava-se a senadora Tammy Baldwin.

A advogada e ex-deputada de 62 anos, primeira parlamentário claramente lésbica dos Estados Unidos, enfrenta guerra acirrada com o milionário executivo do universo financeiro e filantropo Eric Hovde, 59, republicano deliberado a tirá-la de sua cadeira na Vivenda Subida do Capitólio. Antes de sua aparição no evento de Kamala no ginásio de uma escola no subúrbio de Milwaukee, Tammy tivera “compromissos inadiáveis” que a impediram de desabrochar ao lado de Biden em todas as visitas do presidente oriente ano a Wisconsin, um dos sete estados decisivos do Escola Eleitoral.

— Tammy faz um ótimo trabalho no Senado, mas não garanto que sairei de moradia para votar. Biden não me anima, muito menos aos independentes, e meu voto não faz diferença — acreditava Michael Riordan, 34 anos, na Grande Milwaukee, na semana da Convenção Republicana que confirmou Donald Trump uma vez que candidato à Presidência.

O GLOBO ouviu na era a mesma argumentação de mais de uma dezena de eleitores do estado do Meio-Oeste, de idades e perfis diversos. Com razão, o conta da senadora era de que o presidente lhe tirava votos. Uma vez que não se é obrigado a votar, o desânimo com Biden a privava do suporte de muitos — e cruciais — eleitores. Não mais. O desespero dos candidatos democratas ao Senado foi, não por eventualidade, um dos fatores centrais na pressão para a saída de Biden.

Foco no regional

Pois a lógica, apontam estudiosos das eleições americanas, funciona da mesma maneira no outro lado da moeda, com nomes populares uma vez que Tammy aumentando a mobilização por Kamala e anulando trunfo de Trump até logo: o desânimo transmissível de Biden. Já candidatos inexperientes, uma vez que é o caso de Hovde no Wisconsin e de um punhado de outros republicanos em disputas no Senado, ou extremistas para governos nas unidades da federação mais decisivas, podem magoar de morte as chapas presidenciais.

As pesquisas mostram que é o caso de Mark Robinson, o trumpista notório por insultar, entre outros, judeus, mulheres e pessoas LGBT+, hoje 10 pontos percentuais detrás do democrata Josh Stein nas pesquisas para o governo da decisiva Carolina do Setentrião. A força de Stein tem se revertido no aumento dos números de Kamala no estado sulista.

Observadas com menos atenção pela mídia, as demais disputas majoritárias em jogo no pleito de novembro nos EUA são, frisa o “oráculo” das pesquisas Larry Sabato, instituidor da Globo de Cristal da Universidade de Virgínia — que acertou 97% dos resultados desde 2004 —, peças decisivas no uno quebra-cabeças do pleito presidencial.

— Coincidentemente, oriente ano estão em jogo cadeiras no Senado em estados que Kamala e Trump não podem perder, uma vez que Wisconsin. E onde o vitorioso para a Presidência terá vantagem mínima — diz Sabato. — Uma vez que o voto cruzado, ou seja, em presidente de um partido e senador de outro, embora permitido, é peça cada vez mais rara em verdade muito polarizada, o caminho para a Vivenda Branca passa, necessariamente, por determinadas disputas locais.

Apesar de o planta universal do Senado oriente ano, quando estão em jogo 34 das 100 cadeiras, proporcionar os republicanos — a maioria das disputas ocorre em estados conservadores —, ao se sobreporem os mapas para a Presidência e o Senado [mostrados ao lado], diz Sabato, a maioria das corridas estaduais em estados decisivos ajuda, no momento, a candidata democrata.

Dos sete pendulares, decisivos para o Escola Eleitoral, há disputa em cinco — Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Nevada e Arizona. Nos dois últimos, os eleitores também decidirão sobre o recta ao monstro. Em todos, a liderança nas pesquisas e na arrecadação de fundos é dos democratas.

Maioria é principal

Com Biden, as pesquisas mostravam que os candidatos democratas à Vivenda Subida do Capitólio nos estados decisivos apareciam, sem exceção, adiante do presidente. E com diferença de mais de dois dígitos entre eleitores latinos, negros e mulheres. A ingresso de Kamala no jogo, aponta Nate Cohn, crítico sênior do New York Times, não só trouxe a base da coalizão democrata de volta para seus braços uma vez que aumentou as margens dos candidatos do partido nos estados em que se concentra o investimento de fundos. Tanto que o agregador Real Clear Politics (RCP) mudou, na semana passada, o Wisconsin de Tammy Baldwin, o Arizona de Ruben Gallego, e o Nevada de Jackly Rosen da lista de “indefinidos” para “tendem democrata” no Senado.

Em um mau presságio para os republicanos, em 2016 e 2020, o voto casado para presidente e senador só não se materializou no país uma única vez. Foi quando Susan Collins, republicana antitrumpista do Maine, saiu vitoriosa em estado que votou em Biden. E a Globo de Cristal crava que o voto casado é padrão nos estados decisivos desde a vitória do republicano George W. Bush, em 2000.

Certificar a maioria no Senado será principal para Trump ou Kamala. Entre as prerrogativas da Vivenda está revalidar indicações do Executivo para o Judiciário, incluindo a Suprema Namoro. E os republicanos são, de contrato com o RCP, favoritos para vencer, por pouco, em Montana, e assim permanecer com 51 cadeiras. Hoje, cada bancada tem 50 votos, com a vice-presidente, que nos EUA também é presidente do Senado, garantindo maioria simples aos democratas.

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