Startup brasileira lança creme antisséptico que promete aposentar o álcool gel
A pandemia de Covid-19 impulsionou a geração de diversas soluções para combater a disseminação do vírus. Um dos produtos inovadores que surgiu nesse período foi uma máscara que neutralizava o vírus, batizada de Phitta Mask. Idealizada pelo empreendedor Sérgio Betucci, enquanto as máscaras cirúrgicas comuns deveriam ser trocadas a cada 2 ou 3 horas, a Phitta prometia proteção durante 12 horas. Na quadra, a empresa viu seu faturamento saltar de 1,2 milhão de reais em 2020 para 30 milhões de reais em 2021, com mais de 85 milhões de máscaras vendidas.
Com o término das restrições da Covid-19, o negócio perdeu a força e Betucci encarou a urgência de gerar um novo empreendimento. Depois fechar a operação e a relação com seus outros dois sócios, partiu para a missão de investigar se o princípio ativo que permitia a espaço da máscara de Covid-19, o Phtalox, que age porquê uma “chuva oxigenada” quando interage com o oxigênio no tecido e faz com que ele oxide vírus e bactérias, poderia ser utilizado em outros contextos. A pergunta era: onde mais ele poderia ser usado?
“Ao investigar outras formas de contaminação, descobri que 98% das transmissões ocorrem pelas mãos“, contou Betucci. “Porquê todo mundo não gosta do álcool em gel, pensei em usar essa tecnologia em um creme”, disse o empresário.
O desenvolvimento do resultado passou por diversos testes no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, sob a coordenação do doutor Edson Durigon, renomado observador da instituição.
As análises mostraram que o creme foi capaz de inativar instantaneamente 99,8% para bactérias causadoras de doenças porquê leptospirose, difteria, coqueluche, meningite, gastroenterites, infecções urinarias, exacerbação; e 100% para vírus causadores de doenças porquê gripe, sarampo, rubéola, poliomielite, hepatite A e varíola do macaco.
Do teste para o mercado não levou muito tempo. Betucci lançou o creme há murado de um mês e já está em processo de validação para outras funcionalidades, porquê a cicatrização de feridas em diabéticos e a eliminação do vírus da herpes.
“Estamos iniciando um piloto na liceu Bodytech e pretendemos levar o resultado também para o setor nutritivo, onde pode ser usado para higienizar as mãos de funcionários e clientes. O projecto é reformar o álcool gel nesses espaços”, explica Betucci.
Mercado e expectativas
O empresário tem grandes expectativas para a legalização do resultado no mercado. “O e-commerce já está em funcionamento e fechamos acordos com grandes redes de farmácias, porquê Drogaria São Paulo e Drogaria Venâncio. Aliás, estamos em negociações com empresas de facilities, porquê a JLL, que operam em gigantes da tecnologia porquê Google, Meta e Microsoft“.
Para Betucci, o diferencial do creme está na sua inovação e na capacidade de oferecer proteção prolongada sem promover danos à saúde. “Somos o primeiro creme antisséptico, hidratante e vegano do mundo”, destaca. Ele acredita que o resultado pode revolucionar a forma porquê as pessoas lidam com a higiene das mãos, não só em contextos de pandemia, mas porquê uma prática cotidiana de saúde e bem-estar.
Desafios e aprendizados
Ao longo de sua trajetória, Betucci enfrentou diversos desafios, desde validar a eficiência do resultado até prometer que ele não fosse tóxico ou inflamável. “Foram 14 meses de testes e laudos, cada novo teste era uma expectativa”, conta. “No início, era difícil convencer os parceiros sobre a viabilidade do resultado, mas os resultados falaram por si”, relembra.
Agora, Betucci se prepara para introduzir o resultado em hospitais e maternidades, onde a higiene é crucial. “A teoria é que visitantes e funcionários utilizem o creme para evitar a propagação de vírus e bactérias”, explica. “Queremos que o uso do nosso resultado se torne uma rotina de segurança para todos”.