“Paris será minha última Olimpíada”, diz Rafael Silva (Baby), judoca brasileiro

A história do judoca Rafael Silva, publicado por “Baby” começou no Sul do país. Nascido em Campo Grande, com dois anos se mudou para a cidade de Rolândia, no Paraná.

Entrou no esporte por influência do avô, que inicialmente o colocou no karatê quando moço. “Fiz karatê até os 12 anos, quando meu professor se mudou para outro país. No mesmo lugar começaram aulas de judô, e aos 15 anos comecei a praticar judô”. Baby se adaptou mais rápido no judô do que ao karatê, e seguiu competindo no Paraná. Depois, aos 18 anos foi para São Paulo, lugar onde a sua curso profissional começou.

“Tive a sorte de encontrar pessoas muito boas por esse caminho, uma vez que esse o professor que me convidou para vir para São Paulo para o Projeto Porvir, e o meu treinador no Paraná que viu que era melhor para a minha curso mudar de estado”, diz Baby.

O Projeto Porvir é uma iniciativa promovida pelo governo do estado de São Paulo que visa concordar jovens atletas no desenvolvimento de suas carreiras esportivas. Baby ficou no programa por 6 anos e em 2008 recebeu patrocínio do Clube Pinheiros.

Começou a estudar com bolsa de desportista Ensino Física na Universidade Ibirapuera, e mais tarde concluiu Gestão Pública na FGV.

“No Brasil tem competições universitárias e por isso existem essas bolsas para atletas de diferentes esportes”, afirma o judoca.

Com 37 anos, Baby conquistou alguns patrocinadores e apoiadores, uma vez que o Clube Pinheiros, Ajinomoto do Brasil, Sétima Investimentos, Isomedical e Recoma e procura o pódio nas Olimpíadas de Paris.

“Depois duas medalhas no Pan de Santiago e o bronze no Mundial, quero fechar a minha participação nas Olimpíadas com chave de ouro”, diz Baby.

O veterano no judô conta à Revista uma vez que conseguiu chegar em sua 4ª Olimpíada, posteriormente passar por Londres (2012), Rio (2016) e Tóquio (2020), e as suas expectativas depois de Paris.

Você participa pela 4ª vez dos Jogos Olímpicos, qual mais te marcou?

Lutar na Olimpíada do Rio foi privativo por estar em lar, com a família e amigos por perto. E Tóquio foi significativo por ser a terreno do judô, e espero fechar com chave de ouro em Paris.

Tem um tanto que você aprendeu nas Olimpíadas anteriores que levará para esta última?

Aprendi muito sobre estabilidade. A Olimpíada de Tóquio foi desgastante por culpa da pandemia e o ciclo olímpico estendido a 5 anos. Pensando nesse ciclo, busquei mais estabilidade entre treinos e folga e tenho ainda hoje o repto de ser um desportista de cume desempenho, mas se uma forma saudável.

Qual foi o maior repto da sua curso?

Tive uma lesão séria no peitoral um ano antes da Olimpíada do Rio. Fiz cirurgia e fiquei fora por sete meses. Depois que eu machuquei eu não aguentava nem levantar o peso no meu próprio braço. Enquanto isso eu assistia o Mundial e me perguntava se eu conseguiria trocar força e golpe com aquele pessoal que já estava disputando o campeonato. Foi um momento de muita incerteza, mas precisei voltar e fabricar crédito novamente. Perdi as classificações da primeira rodada, mas consegui depois me qualificar para os jogos.

Qual é a receita para chegar a uma Olimpíada?

Cada um faz um caminho, mas a base de tudo é ter muita disciplina e resiliência. É uma entrega totalidade todos os dias. É importante treinar habilidades emocionais e ter um compromisso de evolução.

Você se inspira em qualquer desportista?

Ayrton Senna é uma grande inspiração. No judô, tive uma vez que referência Thiago Camilo e Leandro Guilheiro, que treinavam comigo no Pinheiros.

De onde vem o sobrenome ‘Baby’?

Vem do personagem Baby da Família Dinossauro. Quando cheguei em São Paulo, o pessoal achou que eu parecia com ele e o sobrenome pegou.

O que pretende fazer pós-Paris?

Competir é maravilhoso, mas demanda uma trouxa de treino muito grande. Já estou com 37 anos e sinto que chegou a hora de focar em outros projetos. Talvez participe de algumas competições nacionais, mas Paris será minha última Olimpíada.

O que pretende fazer posteriormente fechar a curso uma vez que desportista?

Quero continuar envolvido com o esporte, talvez em uma função no clube ou desenvolvendo políticas públicas para fomentar o entrada ao esporte. Paladar da teoria de usar o esporte para promover transformação social.

Uma mensagem para atletas que estão começando agora ou sonham com a Olimpíada?

Acreditem em si mesmos e entendam que ninguém chega lá sozinho. É importante se desenvolver incessantemente e valorizar as pessoas ao seu volta.

O time de peso do judô

Ao longo de 23 edições de Jogos Olímpicos de Verão, o Brasil conquistou um totalidade de 150 medalhas, sendo 37 de ouro, 42 de prata e 71 de bronze. Com 24 medalhas, o judô e o vôlei (11 na quadra e 13 praia) são os esportes em que o Brasil mais conquistou medalhas. Os judocas brasileiros subiram ao pódio em todas as edições desde 1984.

Neste ano, o judô já trouxe resultado. Larissa Pimenta, na categoria 52kg, já conquistou a medalha de bronze e Willian Lima a medalhe de prata na categoria até 66kg.

Rafael Silva (Baby) lutará nesta sexta-feira, 2, contra Ushangi Kokauri, do Azerbaijão, na categoria +100 kg masculino.

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