Kim Kataguiri abandona candidatura, declara 'voto útil' em Nunes e critica União Brasil

O deputado federalista Kim Kataguiri (União Brasil-SP) anunciou nesta quinta-feira desistência de sua candidatura à prefeitura de São Paulo. O parlamentar não tinha o escora de sua {sigla}, que deve oficializar no sábado uma confederação com o candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB).

Kim se disse vítima de um “boicote” e criticou a direção de seu partido, em próprio o vereador Milton Leite, presidente da Câmara Municipal e principal cacique do União Brasil em São Paulo.

— Não desisti de disputar. Fui ‘desistido’ e sabotado pelo meu partido, que preferiu ser coadjuvante, ser um ator menor num jogo de terceiros em vez de ter protagonismo próprio — declarou.

O deputado federalista disse que não irá ao evento marcado para anunciar o escora do União Brasil a Nunes, neste sábado, encontro classificado por ele porquê “um jogo de cartas marcadas”. Apesar disso, Kim afirmou que ele e o Movimento Brasil Livre (MBL) apoiarão o “voto útil” no atual prefeito para derrotar o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, chamado por ele de “invasor de propriedades que tenta se vender porquê moderado”:

— Vamos erigir uma frente ampla contra o extremismo da candidatura autoritária de Guilherme Boulos. Não somos governistas. Continuaremos tendo críticas à gestão de Ricardo Nunes. Agora, nós precisamos evitar um mal maior.

Kim afirmou que conversou com Nunes, por intermédio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), e que o prefeito teria se comprometido a levar adiante duas propostas que estavam previstas em seu projecto de governo.

De conciliação com o parlamentar, o emedebista disse que reforçará investimentos em pesquisas por uma vacina contra o crack e a cocaína e encampará a teoria de premiar os melhores alunos da rede municipal com uma viagem à sede da Nasa, nos EUA.

Procurado, Nunes confirmou a intenção de aderir às ideias de Kim e afirmou que o escora do deputado “é muito importante”. “Seu sufragista nos dará ainda mais força para vencer a esquerda”, acrescentou, em nota.

Crítico de Jair Bolsonaro (PL), Kim negou que haja incoerência de sua secção em estar no mesmo lado que o ex-presidente na disputa paulistana ao evidenciar que “Ricardo Nunes não é Jair Bolsonaro”.

Na pesquisa de intenções de voto mais recente realizada em São Paulo, divulgada nesta semana pela Quaest, Kim Kataguiri somava 3% das menções, tecnicamente empatado com Tabata Amaral (PSB), Marina Helena (Novo), Altino (PSTU) e Ricardo Senese (UP). O deputado afirmou que os números indicavam que sua candidatura era “viável”, lembrando que o ex-prefeito João Doria (que se candidatou em 2016 pelo PSDB) largou naquele ano em um patamar ainda mais plebeu.

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