
Jorge Viana abre seminário Brasil e China defendendo ferrovia que passa pelo Acre – ac24horas.com
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, defendeu nesta quarta-feira a ampliação dos investimentos diretos da China no Brasil, incluindo uma vez que prioridade a construção da ferrovia de relação com o Pacífico, que passará pelo Acre e aumentará significativamente a eficiência logística nas exportações agrícolas do país.
“O Brasil é um grande fornecedor de proteína bicho e produtos agrícolas para a China, além de minérios e petróleo, e é nosso primeiro parceiro mercantil. Com investimentos chineses em infraestrutura, uma vez que é o caso dessa ferrovia, mas que também podem incluir a extensão portuária e de hidrovias, esses produtos poderão chegar mais facilmente e com menor dispêndio à China. Seria um importante lucro para todos”, disse Viana ao participar da lisura do evento “Brasil e China – 50 anos de amizade”, organizado pela Embaixada da China no Brasil e pelo Portal Brasil 247 para comemorar os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
Viana destacou que a relação Brasil-China vem produzindo “resultados extraordinários”, lembrando que, exclusivamente nos últimos vinte anos, o fluxo de negócio entre os dois países passou de US$ 6 bilhões para US$ 150 bilhões. Ele acrescentou, porém, que essas relações ainda podem melhorar muito, lembrando que, embora a China seja o primeiro parceiro mercantil do Brasil, estava exclusivamente em oitavo lugar até 2022 na lista dos maiores investidores diretos, sendo superada, por exemplo, pelos Estados Unidos.
“O duelo agora, já que esses últimos vinte anos foram extraordinários, é erigir para frente, ampliar isso. Cinturões e rotas (projeto estratégico chinês para o mundo), para mim, é uma coisa muito importante, porque precisamos ter mais investimentos da China no Brasil, mormente na extensão de infraestrutura, onde podemos ter a ferrovia construída até o Pacífico”, disse Viana. Ele se referiu, uma vez que exemplo, à construção do Porto de Chankay, no Peru, com financiamento chinês, com potencial para ser uma importante rota para o Pacífico.
Jorge Viana lembrou que o projeto de construção da ferrovia para vincular o Brasil ao Pacífico chegou a ser incluído num consonância de cooperação assinado em 2014, pela logo presidente Dilma Rousseff com o líder chinês Xi Jinping que previa investimentos chineses de mais de 50 bilhões de dólares no Brasil. “Uma vez que senador, puxei esse matéria para dentro do Senado, fizemos audiências, estudos, fui à China. Lamentavelmente esse projeto foi desabitado no governo pretérito”.
O presidente da Apex Brasil enfatizou a mudança de imagem e o aumento no volume do negócio exterior do país graças ao retorno da diplomacia presidencial do presidente Lula. “O governo pretérito danificou nossa relação com a China com posicionamentos completamente equivocados, o que prejudicou muito os negócios. Mas agora o presidente Lula trouxe a diplomacia presidencial de volta”, afirmou, acrescentando que o presidente esteve na China já em seu primeiro ano de procuração, quando a Apex organizou um encontro empresarial. Mais recentemente, Viana acompanhou a visitante do vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, ao país, quando a ApexBrasil organizou outra missão empresarial. Na ocasião foi comemorado o natalício da Cosban. “Tudo isso mostra o compromisso de nosso governo de ampliar as relações entre Brasil e China”, concluiu.
Viana disse ainda que o Brasil tem muitos setores atrativos para investimentos chineses, inclusive na extensão da transição energética e da novidade industrialização do Brasil, que quer substanciar sua presença no mundo com uma indústria de transformação na qual a China pode ser parceira. Ele reiterou que uma ampla gama de oportunidades de investimento está prevista no planta de atração de investimentos que a ApexBrasil elaborou para facilitar os negócios para empreendedores dos dois países.
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