Aliados de Maria Corina na embaixada argentina podem ficar sob responsabilidade do Brasil

O pedido feito pela Argentina ao governo brasiliano para que, diante da ruptura de relações com o governo venezuelano de Nicolás Maduro, o Brasil assuma a representação de seus interesses na Venezuela, confirmada por fontes diplomáticas, implicará que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva passe a ser responsável pela situação dos seis colaboradores da líder opositora María Corina Machado abrigados há meses na residência diplomática argentina em Caracas.

A informação, confirmada por fontes diplomáticas ao Mundo, explica-se pelo rigoroso cumprimento da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Em seu item 45, a convenção afirma que, “em caso de ruptura das relações diplomáticas entre dois Estados, ou se uma missão é retirada definitiva ou temporariamente:

a) O Estado acreditador está obrigado a respeitar e a proteger, mesmo em caso de conflito armado, os locais da missão, muito porquê os seus bens e arquivos;

b) O Estado acreditante poderá encarregar a guarda dos locais da missão, muito porquê dos seus bens e arquivos, a um terceiro Estado aceite pelo Estado acreditador;

c) O Estado acreditante poderá encarregar a proteção de seus interesses e os dos seus nacionais a um terceiro Estado aceite pelo Estado acreditador.

Já o item 46 indica que, “com o consentimento prévio do Estado acreditador e a pedido de um terceiro Estado nele não representado, o Estado acreditante poderá assumir a proteção temporária dos interesses do terceiro Estado e dos seus nacionais”.

É do interesse da Argentina dar proteção aos seis colaboradores de María Corina, que tem ótima relaçao com Milei, refugiados na residência argentina desde que foram branco de ordens de tomada por segmento do governo de Maduro. Entre os seis colaboradores estão Magalli Meda, gerente de campanha de María Corina, e Pedro Urruchurtu, coordenador de relações internacionais. Todos foram acusados de participação em supostos planos para promover violência no país.

O presidente prateado, Javier Milei, foi um dos mais duros em suas acusações de suposta fraude ao governo de Maduro, e a Argentina entrou na lista dos países com os quais a Venezuela rompeu relações. Desde logo, houve situações de tensão nos periferia da residência diplomática argentina, durante as quais a Argentina pediu ajuda ao Brasil para evitar uma eventual invasão da construção.

O Brasil, confirmaram fontes, fez as gestões solicitadas. Não houve invasão, nem qualquer tipo de situação de risco para os colaboradores de María Corina, que continuarão na residência, agora sob responsabilidade do governo brasiliano. O Brasil atenderá necessidades consulares dos argentinos em Caracas, e para isso devem ser enviados reforços ao país.

O governo brasiliano já teve contatos com o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, mas não com a líder opositora. O Palácio do Planalto é crítico das posições, presentes e passadas, de María Corina, e evita todo tipo de contato. Agora, será responsável por seus colaboradores.

Os diplomatas argentinos, segundo informou a prelo em Buenos Aires, devem partir nesta quinta para Portugal, porquê primeira graduação antes de retornar a seu país.

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